O ensino remoto emergencial e a formação em Serviço Social : desafios indicados pela ABEPSS 2021-2022

Abstract

Este trabalho de conclusão de curso propõe-se a analisar e compreender quais foram as principais dificuldades para a formação em Serviço Social, conforme a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), durante o ensino remoto emergencial introduzido ao longo da pandemia Covid-19, bem como os prejuízos para a qualificação na formação acadêmica em Serviço Social. Esta pesquisa não pretende buscar todas as reflexões sobre os desafios e prejuízos identificados, mas sim apresentar de forma sucinta algumas considerações que possam servir de base para a realização de estudos mais aprofundados. Como objetivo geral buscou-se analisar a formação profissional em Serviço Social durante o período da pandemia de COVID-19 no Brasil, suas dificuldades e prejuízos para a formação qualificada, a partir das orientações e indicações publicadas pela ABEPSS em 2021 e 2022. Foi utilizado o método histórico-crítico-dialético para a realização de uma pesquisa qualitativa, a partir de: 1) pesquisa e revisão bibliográfica sobre o tema, por meio de artigos de periódicos da área do Serviço Social e material crítico produzido pela ABEPSS sobre a educação superior, universidade pública e mercantilização da educação em tempos pandêmicos; 2) pesquisa e análise documental das publicações da ABEPSS em 2021 e 2022, fruto de pesquisas efetuadas pela entidade com instituições de ensino superior no país a respeito da condição discente e docente durante o ensino remoto emergencial, seus desafios e prejuízos no período da pandemia do Covid-19 no Brasil. Como principais resultados destacamos: o Serviço Social com o seu Projeto Ético-Político hegemônico em constante disputa, antes e após pandemia. A centralização e concentração de riquezas que reproduzem a crise capitalista, atingindo diretamente a massa da população, sendo a pandemia apenas mais um agravante de todo este processo. Dessa forma, a crise do capital atinge a educação superior, enfraquecendo a formação profissional qualificada em Serviço Social. À vista disso, apoiado no monitoramento realizado pela ABEPSS (2021-2022), o ERE acarretou prejuízos para a formação acadêmica, no entanto, diante dos limites do mapeamento, onde os respondentes foram os coordenadores dos Cursos, compreende- se e reforça-se a necessidade da continuidade das reflexões acerca dos danos para a formação e o trabalho profissional em Serviço Social durante o ERE e após o retorno do presencial.