Título: | Manifestações orais em pacientes com COVID-19 : um estudo transversal da população brasileira |
Autor(es): | Silva, Larissa Di Carvalho Melo e |
Orientador(es): | Guerra, Eliete Neves da Silva |
Assunto: | covid-19 Pandemia Boca - doenças |
Data de apresentação: | 29-Jun-2023 |
Data de publicação: | 11-Ago-2023 |
Referência: | SILVA, Larissa Di Carvalho Melo e. Manifestações orais em pacientes com COVID-19: um estudo transversal da população brasileira. 2023. 72 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Odontologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023. |
Resumo: | Manifestações orais foram relatadas na doença de coronavírus 2019 (COVID-19). Assim, este
estudo tem como objetivo investigar a prevalência de manifestações orais na população
brasileira com COVID-19. Adultos testados com COVID-19 por meio de PCR/testes sorológicos
em tempo real foram convidados a participar. O questionário online consistia em seis seções
sobre distúrbios sistêmicos e orais associados à COVID-19. A amostra incluiu 846
participantes, dos quais 539 foram diagnosticados antes da variante Ômicron. Os
questionários foram distribuídos em momentos diferentes para analisar e comparar as
variantes da COVID-19 considerando o período de prevalência dessas variantes no Brasil. No
total, 54,25% (IC 95%: 51–57%) foram vacinados com pelo menos duas doses. Além disso, 51%
(IC 95%: 47,6-54,3%) foram infectados antes do protocolo de vacinação. A prevalência de
manifestação oral foi de 55,4% (IC 95%: 52,1-59,0%), sendo as mais comuns: distúrbios do
paladar (38%; IC 95%: 35,0–41,4%), xerostomia (17,6%; IC 95%: 15,2 –20,3%) e halitose
(11,6%; IC 95%: 9,6–14,0%). A prevalência de sintomas persistentes no pós-COVID-19 foi de
20,1% para distúrbio do olfato (IC 95%: 17,5-23%), 12,1% (IC 95%: 10,0-14,4%) para distúrbio
do paladar e 5,4% (95% IC: 95% CI: 4,1-7,1%) para xerostomia. Foi encontrada associação
significativa entre sexo feminino e distúrbio persistente do olfato (p=0,0178) e distúrbio
persistente do paladar (p=0,0084), mas não houve associação significativa entre sexo e
xerostomia persistente (p=0,2382). Foi encontrada associação significativa entre
manifestação oral e depressão/ansiedade (p<0,0001) e pior estado de higiene (p<0,0001). Nas
variantes Alfa, Beta, Gama e Delta versus Ômicron, o distúrbio do paladar e a xerostomia
estiveram menos presentes quando a escovação não foi alterada ou melhorada (p<0,0001).
Chama atenção a persistência do distúrbio do paladar e da xerostomia após a resolução da
doença. Embora os mecanismos de patogênese não sejam claros, mais estudos relacionados
aos sinais pós-COVID-19 e às implicações da vacinação e variantes nas manifestações orais são
necessários para melhorar as evidências. |
Abstract: | Oral manifestations have been reported in the coronavirus disease 2019 (COVID-19). Thus,
this study aims to investigate the prevalence of oral manifestations in the Brazilian COVID-19
population. Adults diagnosed with COVID-19 through real-time PCR/serological tests were
invited to participate. The online questionnaire consisted of six sections regarding systemic
and oral disorders associated with COVID-19. The sample included 846 participants, of which
539 were diagnosed before the Ômicron variant. The questionnaires were distributed at
different times to analyze and compare COVID-19 variants considering the period of
prevalence of these variants in Brazil. In total, 54.25% (CI 95%: 51–57%) were vaccinated with
at least two doses. Besides that, 51% (CI 95%: 47.6-54.3%) were infected before the
vaccination protocol. The prevalence of oral manifestation was 55.4% (CI 95%: 52.1-59.0%),
and the most common were taste disorder (38%; CI 95%: 35.0–41.4%), xerostomia (17.6%; CI
95%: 15.2–20.3%), and halitosis (11.6%; CI 95%: 9.6–14.0%). The prevalence of persistent
symptoms in post-COVID-19 was 20.1% for smell disorder (CI 95%: 17.5-23%), 12.1% (95% CI:
10.0-14.4%) for taste disorder, and 5.4% (95% CI: CI 95%: 4.1-7.1%) for xerostomia. A
significant association was found between female and persistent smell disorder (p=0.0178)
and persistent taste disorder (p=0.0084), but there was no significant association between sex
and persistent xerostomia (p=0.2382). A significant association was found between oral
manifestation and both depression/anxiety (p<0.0001) and worse hygiene status (p<0.0001).
In Alpha, Beta, Gamma, and Delta variants versus Ômicron, taste disorder and xerostomia
were less present when brushing was not changed or improved (p<0.0001). It is noteworthy
the persistence of taste disorder and xerostomia after the resolution of the disease. Although
the mechanisms of pathogenesis are unclear, further studies relating to the post-COVID-19
signs and the implications of vaccination and variants on oral manifestations are necessary to
improve evidence. |
Informações adicionais: | Trabalho de conclusão de curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia, 2023. |
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