Investigação sobre os efeitos negativos do uso do celular na saúde, nas ocupações e no desempenho de estudantes universitários

Abstract

Introdução: O avanço tecnológico possibilitou aos aparelhos celulares maiores competências e melhores desempenhos, e sua grande difusão nas últimas duas décadas fez com esse acessório se tornasse relevante no cotidiano e nas ocupações de muitas pessoas. Objetivo: Investigar como o uso do aparelho celular ou smartphone pode influenciar nas atividades diárias, saúde e desempenho de estudantes universitários de uma Universidade Pública. Método: Estudo descritivo, quantitativo, com aplicação de questionário com amostra de 138 participantes, em seis cursos da área da saúde. Para a análise utilizou-se a estatística descritiva simples. Resultados: O perfil sociodemográfico de estudantes foi do sexo feminino (85%); na faixa etária entre 18 e 24 anos (87%); solteiras (95,7%); pardas (43,5%) e que cursavam a graduação de terapia ocupacional (33,3%) e fisioterapia (23,2%). A duração média do uso do celular foi de 8,65 horas por dia. Os dois aplicativos mais utilizados pelos estudantes foram Whatsapp (96,37%) e Email (88,40%). Em relação às questões de saúde, o uso constante gerou sentimentos de ansiedade (94,2%) e fez os estudantes sentirem-se mais isolados do convívio social (60,1%). As atividades de vida diária mais afetadas foram alimentação (81,2%) e higiene pessoal (73,9%). Os estudantes admitiram que o uso do celular influenciou no sono (51,4%), lazer (93,5%) e na produtividade acadêmica (70,3%). Conclusão: O uso do aparelho celular está cada vez mais frequente no dia a dia de jovens universitários, causando implicações na saúde, no desempenho e nas ocupações dessas pessoas. Por isso, torna-se indispensável intervenções e estratégias para o equilíbrio do uso.