Utilize este link para identificar ou citar este item: https://bdm.unb.br/handle/10483/34689
Arquivos neste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2021_BrunoSoaresJorge_tcc.pdfTrabalho de Conclusão de Curso 1,53 MBAdobe PDFver/abrir
Título: Modelo linear generalizado de Poisson : uma análise da ocorrência de homicídios e as desigualdades raciais no Brasil
Autor(es): Jorge, Bruno Soares
Orientador(es): Vasconcelos, Ana Maria Nogales
Coorientador(es): Correia, Leandro Tavares
Assunto: Modelos lineares (Estatística)
Distribuição (Probabilidades)
Racismo
Data de apresentação: 2021
Data de publicação: 8-Mai-2023
Referência: JORGE, Bruno Soares. Modelo linear generalizado de Poisson: uma análise da ocorrência de homicídios e as desigualdades raciais no Brasil. 2021. 79 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Estatística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Resumo: No Brasil, durante o ano de 2020, 77.23% das vítimas de homicídio eram negras. Quando a população considerada ´e a de jovens, de 15 a 29 anos, esse número sobe para 81.28%. Esse trabalho busca, por meio da implementação de um Modelo Linear Generalizado, evidencias estatísticas que caracterizem a desigualdade racial e que se expressam na violência juvenil. A partir dos dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, análises descritivas dos dados de mortalidade, por todas as causas foram feitas, para o ano de 2020. Seguindo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), as mortes por homicídio, de pessoas de todas as faixas etárias, e dos jovens, separadamente, também foram objeto da análise descritiva. Foram ajustados aos dados de contagem dos números de homicídios de jovens (15 a 29 anos), Modelos Lineares Generalizados (MLGs), a fim de definir aquele que melhor se comporta, e estimar os parâmetros que estipulam a relação entre Raça/Cor e esses números de assassinatos. Os dados são provenientes do SIM, do Ministério da Saúde. Na modelagem, foram consideradas características sociodemográficas das vítimas, em especial, a raça/cor. Na modelagem, foram consideradas características sociodemográficas das vítimas, em especial, a raça/cor. Os dados de homicídio, tem o comportamento de dados de contagem, por se tratar do número de ocorrências. Assume valores inteiros não negativos. Alguns modelos foram implementados, e seus resultados comparados, com o objetivo de definir um modelo final, que melhor se ajusta aos dados. O modelo de Poisson teve o fenômeno de sobredispersão quando não consideradas as interações. O modelo Binomial Negativo foi a alternativa escolhida para contornar esse problema. Mas quando as interações entraram no modelo, a estimativa do parâmetro de dispersão foi de um número muito grande. Convergindo então, assintoticamente, para a distribuição de Poisson. O modelo toma como referencia, indivíduos da Raça/Cor Branca, com menos de 8 anos de estudo, da Região Norte e Sexo Feminino. Os resultados apontam para diferença significativa na contagem de mortos por homicídio, tendo um aumento para pessoas negras, quando comparado com a população branca. Esse aumento foi multiplicativo de 11.02 vezes, se comparada a população branca. O incremento pode ser ainda maior, também como consequência racial, uma vez que interações entre Raça/Cor e outras variáveis também se mostraram significativas. O valor do parâmetro referente a interação entre Raça/Cor e Sexo, indica que o impacto da Raça/Cor na contagem de homicídios ´e maior para indivíduos do sexo masculino. E o sexo masculino, individualmente, também aponta para um impacto positivo, com o incremento multiplicativo de 15.36. Ou seja, jovens negros do sexo masculino tem um valor predito 216.45 vezes, ou 21645% maior do que o valor de referencia. Existe uma concentração de homicídios de negros, com menos de 8 anos de estudo, da região Nordeste e do sexo masculino. Resultados na análise descritiva indicam esse comportamento, que foi melhor investigado na modelagem dos dados. A partir da interpretação dos parâmetros estimados no modelo final, conclui-se que a Raça/Cor tem interferência no número de homicídios de jovens de 15 a 29 anos, sendo maior o valor esperado de assassinatos de pessoas negras. Isto é, associação entre pertencer a Raça/Cor dos pretos e pardos e o número de mortes, se mostrou estatisticamente significante.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Departamento de Estatística, 2021.
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor que autoriza a Biblioteca Digital da Produção Intelectual Discente da Universidade de Brasília (BDM) a disponibilizar o trabalho de conclusão de curso por meio do sítio bdm.unb.br, com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 International, que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que seja citado o autor e licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação desta.
Aparece na Coleção:Estatística



Todos os itens na BDM estão protegidos por copyright. Todos os direitos reservados.