O Atlas Transversal : conectando imagens ao longo da história

Abstract

No início do século XX, o historiador da arte Aby Warburg percebe que algumas obras apresentam vestígios gráficos e emocionais de outras épocas e apresenta uma nova proposta de estudá-las a partir de uma visão não cronológica nem direcional de analisar imagens, procurando novas maneiras de relacioná-las dentro de diferentes áreas de conhecimento. A partir deste novo conceito, ele cria o Atlas Mnemosyne que ilustraria, fisicamente, como essas sobrevivências ligadas ao contexto de cada obra poderia revelar uma nova forma de estudar a história. Olhando esse Atlas através de uma visão contemporânea, é possível estabelecer uma relação das ideias de Warburg com ferramentas que hoje em dia são usadas para a concepção de projetos das mais diversas áreas do design e artes gráficas. Acaba se tornando então, uma oportunidade adaptar os estudos de Warburg para a criação de um novo Atlas, porém vazio, podendo ser direcionados a esses projetos. Para isso, usaremos de exemplo a construção de um Atlas Transversal, que contenha gravuras feitas desde o século XV ao século XXI, que aborde o tema “O Corpo e a Morte” a partir das mais diversas representações, buscando conectar essas imagens a partir de uma nova perspectiva baseada em suas semelhanças gráficas e contextuais.