Estudo de desempenho de motor três cilindros alimentado com GNV como combustível

Abstract

Com o avanço da humanidade e sua constante expansão no planeta, cada vez mais se torna necessária a criação de novas tecnologias, e aprimoramento das usuais, a fim de proporcionar melhor qualidade de vida para a população nos mais diversos ramos, como o setor automotivo. Em busca de alternativas ante o monopólio do petróleo entre as fontes de combustível mais usuais, hegemonia essa que contribui para a emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, e também com o esgotamento iminente das jazidas pela sua exploração desenfreada, veículos com motorização elétrica e híbridos ganham espaço no mercado, inovando com novas tecnologias. Porém, essa mesma oportunidade também gera interesse em otimizar um dos sistemas mais antigos presentes nos veículos do dia a dia, os motores de combustão interna, principalmente no âmbito de fontes alternativas de combustível, como o Gás Natural Veicular (GNV), combustível esse que atribui vantagens e benefícios não só no desempenho dos motores, mas também nas atmosferas econômica e ecológica. O presente trabalho apresenta a equiparação do desempenho de um motor de combustão interna, de configuração três cilindros e ignição por centelha, operando com etanol e gás GNV como combustíveis. O motor operado corresponde ao modelo 1.0, 3 cilindros, do veículo Volkswagen Up, originalmente flex, adaptado de modo que permita a injeção de gás GNV nos cilindros, além do uso de uma ECU da marca Fuel Tech, modelo 550, adaptada para a busca de melhorias dos parâmetros de ensaio. Foram verificados parâmetros de desempenho como pressão no coletor de admissão e riqueza da mistura ar-combustível, onde a utilização de etanol como combustível alcançou valores satisfatórios e regulares, culminando em um bom desempenho do motor, quanto que a utilização de gás GNV como combustível apresentou irregularidades e alternâncias no que tange a qualidade da mistura ar-combustível, ocasionando em um mal desempenho, em parte pela dificuldade de gerenciamento na proporção de combustível injetado para ar admitido ao motor, em sua condições originais de uso.