Percepção dos alunos de Odontologia da Universidade de Brasília acerca da escolha da técnica de manejo comportamental em odontopediatria

Abstract

O objetivo deste estudo foi analisar a escolha da técnica de manejo comportamental por estudantes de primeiro, sexto e nono semestres do curso de graduação em Odontologia da Universidade de Brasília e a influência que as disciplinas ministradas podem ter nessa escolha, avaliando também a aceitação dos alunos para cada técnica proposta. Métodos: Consistiu na aplicação aos alunos de primeiro, sexto e nono semestres (n=55) via Google Formulários um questionário contendo 30 questões envolvendo situações clínicas acerca das técnicas de manejo comportamental. Foi avaliada a aceitação sobre as mesmas por meio de escala Likert de 1 a 10 pontos, 1 significa completamente inaceitável e 10, completamente aceitável. O teste H de Kruskal-Wallis foi realizado para avaliar diferença entre os 3 grupos de estudantes seguido do teste de Dunn. As técnicas mais bem aceitas por todos os participantes foram dizer-mostrar-fazer, incentivar a ser corajoso, distração, reforço positivo, lúdico sensorial, uso de eufemismos e metáforas e presença permitida dos pais, já técnicas como controle de voz, contenção pais-equipe, contenção wrap, explicar que pode envolver dor e técnicas farmacológicas foram menos aceitas. Em contrapartida, tiveram um índice maior de aceitação por participantes do último ano: controle de voz, contenção pais-equipe e contenção wrap. Em compensação, técnicas como não deixar falar, óxido nitroso, explicar que pode envolver dor, explicação literal do tratamento, sedação com Midazolam, anestesia geral e recompensa prometida foram melhores aceitas por participantes do primeiro ano. Entre sexto e nono semestres, há uma semelhança na aceitação por parte de quase todas as técnicas, menos aquelas que contenham técnicas farmacológicas e contenção. A grade curricular parece interferir na escolha e gerenciamento das técnicas de manejo comportamental.