Modelo integrador para análise da evolução, mecanismo de funcionamento e atual importância dos Exchange Traded Funds (ETFs) em bolsa de valores

Abstract

O número de investidores brasileiros na bolsa de valores cresceu rapidamente nos últimos anos, atingindo mais de 3 milhões de pessoas em 2020. Esse crescimento também tem estimulado o crescimento da indústria de ETFs (Exchange-Traded Funds) brasileira, indústria essa que já é expressiva no mundo e possui mais de 4 trilhões de dólares em ativos sob gestão, de acordo com o ICI - Investment Company Institute. O objetivo deste trabalho é analisar o surgimento, evolução e o mecanismo de criação/redenção de cotas que permite o funcionamento dos ETFs para auxiliar tanto investidores que buscam compreender os ETFs, quanto pesquisadores que procuram um ponto de partida que apresente a evolução histórica dos ETFs, seu estado atual e tendências de pesquisas sobre o tema. Para cumprir essa finalidade foi utilizada a metodologia da Teoria do Enfoque Meta-Analítico Consolidado (TEMAC), de modo que foram coletados todos os trabalhos publicados na base de dados Web of Science com os termos “Exchange-Traded Funds”, “ETFs” ou “ETF” no recorte temporal de 1990 a agosto de 2021. A temática apresenta uma clara evolução no número de publicações ao longo dos anos, crescendo consecutivamente desde 2007, e tem como principais autores em número de publicações William Baldwin e Ananth Madhavan. Na análise de co-citação o principal cluster encontrado foi o de Agapova (2010) em um trabalho o qual a autora faz uma análise comparativa entre fundos de índice e ETFs para entender o efeito de substituição desses dois veículos de investimentos. Os principais fronts de pesquisa dos últimos 3 anos também foram identificados com a análise de acoplamento bibliográfico, pelo qual foi encontrada a abordagem de Hartzmark, et al (2019), que encontrou evidências de que os investidores valorizam a sustentabilidade nos investimentos, mas que, no entanto, fundos de alta sustentabilidade não demonstraram desempenho superior aos fundos de baixa sustentabilidade.