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Título: Autorrelato como uma potencial ferramenta para rastreio de desequilíbrio postural em idosos com déficit cognitivo
Autor(es): Rocha, Ingrid Fernandes da
Guedes, Larissa Silva
Orientador(es): Garcia, Patrícia Azevedo
Assunto: Autorrelato
Idosos - capacidade funcional e cognitiva
Equilíbrio (Fisiologia)
Data de apresentação: 26-Out-2021
Data de publicação: 10-Mar-2023
Referência: ROCHA, Ingrid Fernandes da; GUEDES, Larissa Silva. Autorrelato como uma potencial ferramenta para rastreio de desequilíbrio postural em idosos com déficit cognitivo. 2021. 43 f., il. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Fisioterapia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Resumo: Introdução: O desequilíbrio postural é uma queixa muito comum em idosos com déficit cognitivo. Na prática clínica, tanto o autorrelato quanto as medidas de desempenho observado permitem avaliar o equilíbrio de acordo com as atividades do dia a dia. Apesar da queixa de desequilíbrio postural (autorrelato) ser amplamente investigada na população geriátrica, é desconhecido se o déficit cognitivo afeta a validade e a interpretabilidade dessa medida. Objetivo: investigar a validade do autorrelato de desequilíbrio postural para rastrear limitação no desempenho da tarefa de levantar-se e andar proposta pelo teste Timed Up and Go (TUG) em idosos com déficit cognitivo. Métodos: Estudo observacional, transversal e analítico com dados de idosos avaliados em 2019 e 2020 em serviço de atenção geriátrica especializada. Participaram 136 idosos com déficit cognitivo identificado pelo Mini-Exame de Estado Mental. Os idosos foram questionados sobre percepção de desequilíbrio postural (teste índex) e submetidos ao teste de desempenho observado Timed Up and Go (padrão de referência; ponto de corte>20 segundos). As respostas fornecidas pelo idoso foram confirmadas com o cuidador que o acompanhava. Foram calculadas estimativas de validade relacionadas à sensibilidade (S), especificidade (E), valor preditivo positivo (VPP), valor preditivo negativo (VPN), acurácia global e calculado o percentual de concordância entre os dados de desequilíbrio postural coletados por autorrelato e no TUG por meio do teste Cohen’s Kappa. Resultados: Um total de 334 idosos foram avaliados para elegibilidade, dos quais 198 foram excluídos, sendo analisados dados de 136 indivíduos. Dentre os participantes do estudo, 60,3% (n=82) autorrelataram desequilíbrio postural e 25,3% (n=35) apresentaram desequilíbrio no TUG. As estimativas de validade demonstraram altos valores de sensibilidade e valor preditivo negativo (S=85,7%, E=48,5%, VPP=36,6%, VPN=90,7%). O teste de Kappa indicou que a concordância das duas ferramentas na amostra geral e na maioria das análises estratificadas foi baixa, com percentual de concordância de 58,1% na amostra geral. Conclusão: o autorrelato de desequilíbrio postural apresentou baixos percentuais de casos falsos negativos, demonstrando ser uma ferramenta potencial na triagem de limitações na atividade de levantar-se e andar proposta pelo TUG, favorecendo o rastreio de indivíduos com risco de desequilíbrio postural entre idosos com déficit cognitivo.
Abstract: Introduction: Postural imbalance is a very common complaint in aged people with cognitive impairment. In clinical practice, both self-report and observed performance measures allow the assessment of balance according to daily activities. Although the complaint of postural imbalance (self-report) is widely investigated in the geriatric population, it is unknown whether cognitive deficit affects the validity and interpretability of this measure. Objective: to investigate the validity of self-reported postural imbalance to track limitations in the performance of the task of standing up and walking proposed by the Timed Up and Go (TUG) test in elderly people with cognitive impairment. Methods: Observational, cross-sectional and analytical study with data from elderly people evaluated in 2019 and 2020 in a specialized geriatric care service. 136 aged people with cognitive deficit identified by the Mini-Mental State Examination participated. The aged were asked about perception of postural imbalance (index test) and submitted to the Timed Up and Go performance test (reference standard; cutoff point >20 seconds). The answers provided by the aged were confirmed with the caregiver who accompanied them. Validity estimates related to sensitivity (S), specificity (E?), positive predictive value (PPV), negative predictive value (NPV) and global accuracy were calculated and the percentage of agreement between the postural imbalance data collected by self-report and in the TUG through the Cohen's Kappa test. Results: A total of 334 aged people were evaluated for eligibility, of which 198 were excluded, and data from 136 individuals were analyzed. Among the study participants, 60.3% (n=82) self-reported postural imbalance and 25.3% (n=35) presented imbalance in the TUG. Validity estimates showed high sensitivity and negative predictive values (S=85.7%, E=48.5%, PPV=36.6%, NPV=90.7%). The Kappa test indicated that the agreement of the two tools in the general sample and in most stratified analyzes was low, with a percentage of agreement of 58.1% in the general sample. Conclusion: the self-report of postural imbalance showed low percentages of false negative cases, proving to be a potential tool in screening for limitations in the activity of getting up and walking proposed by the TUG, favoring the screening of individuals at risk of postural imbalance among aged people with cognitive deficit.
Informações adicionais: Trabalho de conclusão de curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, Curso de Fisioterapia, 2021.
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