Programas de diversidade voltados para mulheres periféricas : uma percepção dos organizadores

Abstract

A Engenharia de Software é uma área que possui grande aderência no mercado de trabalho, porém o público que atua na área é majoritariamente composto por um homogêneo grupo de pessoas, acarretando em equipes de trabalho com pouca diversidade e a manutenção da desigualdade estrutural da sociedade. Programas de diversidade geralmente são alternativas que organizações ou comunidades, sejam elas públicas ou privadas, utilizam para tentar contornar esta realidade homogênea e discriminatória do público atual de profissionais do desenvolvimento de software. Estes programas oferecem oportunidades de capacitação e grupos de apoio a públicos sub-representados na sociedade, porém, mesmo sendo um ambiente acolhedor do ponto de vista dos participantes, observa-se que eles não se mantêm ativos e que a comunidade não é sustentável por si só. O presente trabalho investigou os fatores para que isso ocorresse para então propor um guia para a condução desses programas, com o foco em mulheres periféricas. Para isso, como proposta do trabalho, foi realizado um estudo qualitativo, baseado na Teoria Fundamentada Construtivista, por meio de entrevistas semi-estruturadas com os organizadores dos programas de diversidade e em seguida foram elaboradas diretrizes como forma de orientar as pessoas organizadoras.