Manejo da amamentação e contato pele a pele em mulheres com Covid-19 : uma revisão integrativa

Abstract

Objetivo: Identificar evidências científicas publicadas a partir do ano de 2020 até agosto de 2021 sobre o manejo da amamentação e contato pele a pele em mulheres com COVID-19 no puerpério imediato durante a pandemia. Métodos: Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura nas bases eletrônicas: The US National Library of Medicine, The Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature e Web of Science. A busca foi realizada em 01 de setembro de 2021. Resultados: Foram encontrados 108 artigos, sendo 14 selecionados para análise. Os estudos avaliados revelaram diferenças nas condutas da equipe de saúde que variaram entre as práticas recomentadas pela Organização Mundial de Saúde para manutenção da amamentação e contato pele a pele, separação da díade mãe-filho, desestímulo à amamentação, e aleitamento misto ou artificial. Nos achados das pesquisas que evidenciaram a adoção da amamentação e contato pele a pele, não foram verificadas intercorrências e/ou complicações neonatais, o que reforça a segurança de que os benefícios superam eventuais prejuízos. Os níveis de evidência da maioria dos estudos destacaram a necessidade da produção de outras pesquisas com níveis mais robustos de evidência científica. Conclusão: Evidenciou-se que a manutenção do aleitamento materno exclusivo e do contato pele a pele sofreram um sério retrocesso durante a pandemia pela COVID-19. Este estudo reitera que a amamentação e o contato pele a pele são práticas seguras que devem ser incentivadas e há mais benefícios e vantagens em estimular o aleitamento materno e o contato pele a pele do que os prejuízos esperados por condutas proibitivas. Esses achados servem como base teórica para uma prática profissional segura.