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Título: Resgatando a ideia das influências ambientais do estereótipo do determinismo geográfico
Autor(es): Lima, Kelso Belém
Orientador(es): Reis Júnior, Dante Flávio da Costa
Assunto: Geografia - Filosofia
Geografia
Pensamento geográfico
Data de apresentação: 2022
Data de publicação: 14-Fev-2023
Referência: LIMA, Kelso Belém. Resgatando a ideia das influências ambientais do estereótipo do determinismo geográfico. 2022. 85 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado e Licenciatura em Geografia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumo: Ficou estabelecido que dentro da Geografia Tradicional existe uma dicotomia: de um lado a escola alemã determinista, inaugurada por F. Ratzel; do outro, a escola francesa possibilista, inaugurada por P. V. de La Blache. Supostamente, a escola de Ratzel, ao se valer da ideia das influências ambientais, deu à geografia a função de determinar a vida coletiva, sendo o ser humano um agente passivo; enquanto a escola de La Blache dá à geografia a função de possibilitar a inventividade humana, sendo o ser humano um agente ativo. Entretanto, esta dicotomia é falsa e está criada em bases ideológicas, corporativistas e nacionalistas. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa é resgatar a ideia das influências ambientais do estereótipo do determinismo geográfico. Para isso, desenvolvemos uma tríade de argumentos. Primeiro, o termo “determinismo” é equivocado: não deve ser utilizado como sinônimo de “influência”, nem ao lado do termo “geográfico”; filosoficamente e semanticamente, “influência” denota uma causa que age de modo gradual e que coopera com outras causas, e “determinismo geográfico” induz uma capacidade de prever mecanicamente o futuro a partir da geografia, habilidade essa que nunca foi defendida por Ratzel. Segundo, a dicotomia determinismo-possibilismo é falsa, criada por um partidário de La Blache com o objetivo de descredibilizar e descapacitar a Antropogeografia e a Geografia Política de Ratzel, quanto às suas capacidades de tratar do desenvolvimento das dinâmicas históricas e sociais. Terceiro, tomando uma obra como exemplo, é possível usar a geografia de modo adequado para investigar e explicar, inclusive numa escala mais ampla, o rumo da história - por exemplo, por que a Europa colonizou as Américas e não o contrário? Por fim, concluímos que é possível resgatar a ideia das influências ambientais e geográficas do estereótipo apressado do determinismo geográfico e reabilitá-la como ferramenta do geógrafo contemporâneo.
Abstract: It was established that within Traditional Geography there is a dichotomy: on the one hand, the deterministic German school, inaugurated by F. Ratzel; on the other side, the French Possibilist school, inaugurated by P. V. de La Blache. Supposedly, Ratzel's school, by making use of the idea of environmental influences, gave geography the function of determining collective life, with the human being as a passive agent; while the school of La Blache gives geography the function of enabling human inventiveness, with the human being as an active agent. However, this dichotomy is false and is created on ideological, corporatist and nationalist bases. In this sense, the objective of this research is to rescue the idea of environmental influences from the stereotype of geographic determinism. For this, we developed a triad of arguments. First, the term “determinism” is misleading: it should not be used synonymously with “influence”, nor alongside the term “geographic”; philosophically and semantically, “influence” denotes a cause that acts gradually and cooperates with other causes, and “geographical determinism” induces an ability to mechanically predict the future from geography, a skill that was never championed by Ratzel. Second, the determinism-possibilism dichotomy is false, created by a supporter of La Blache with the aim of discrediting and disabling Ratzel's Anthropogeography and Political Geography in terms of their ability to deal with the development of historical and social dynamics. Third, taking a book as an example, it is possible to use geography properly to investigate and explain, even on a broader scale, the course of history, such as why Europe colonized the Americas and not the other way around? Finally, we conclude that it is possible to rescue the idea of environmental and geographic influences from the hasty stereotype of geographic determinism and rehabilitate it as a tool for the contemporary geographer
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Geografia, 2022.
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