Título: | Uso de medicamentos antidepressivos em pacientes transplantados renais atendidos em um ambulatório de Brasília |
Autor(es): | Silva, Júlia Vitória Viana |
Orientador(es): | Galato, Dayani |
Coorientador(es): | Arimatea, Gustavo Guilherme Queiroz |
Assunto: | Transplante de órgãos, tecidos, etc. Antidepressivos Depressão Interações medicamentosas Ambulatório hospitalar |
Data de apresentação: | 5-Mai-2022 |
Data de publicação: | 31-Jan-2023 |
Referência: | SILVA, Júlia Vitória Viana. Uso de medicamentos antidepressivos em pacientes transplantados renais atendidos em um ambulatório de Brasília. 2022. 37 f., il. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Farmácia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. |
Resumo: | Introdução: Atualmente, a literatura aponta que o transplante renal apresenta maiores benefícios ao paciente quando comparado à diálise, o que contribui para uma melhora na qualidade de vida do paciente, onde os pacientes que recebem o transplante renal apresentam menor índice de depressão quando comparados aos pacientes que recebem outros tipos de terapias de substituição renal. No entanto,
mesmo com as vantagens de receber a doação do rim, evidências apontam depressão persistente entre a população transplantada. Objetivo: Identificar a prevalência do uso de medicamentos antidepressivos em
pacientes transplantados renais em atendimento ambulatorial em um hospital de Brasília, bem como as possíveis interações medicamentosas apontadas e seus manejos clínicos. Métodos: Consiste em estudo transversal descritivo, baseado na análise documental de prontuários de pacientes transplantados renais atendidos no ambulatório de um hospital em Brasília, a partir de 2019 até o final de março de
2022. Foi identificada a prevalência de uso dos antidepressivos e também a descrição de depressão e outros diagnósticos que poderiam justificar o uso desta classe de medicamentos. A avaliação das interações medicamentosas entre os antidepressivos e os demais medicamentos em uso foi feita por meio do
Micromedex. Foram selecionadas para apresentar neste trabalho apenas as com significância moderada, maior e contra-indicadas, sendo então analisadas por meio de estatística descritiva. Resultados: Foram analisados 133 pacientes, sendo 76 do sexo masculino, com média idade 49,5 anos (DP=14,0). Apenas 13 estavam em uso de antidepressivos e 16 possuíam registro de depressão ou outra doença que justificasse o uso desta classe de medicamentos. Observou-se que as mulheres usaram significativamente mais antidepressivos (p=0,009) e que houve uma tendência a pessoas com poli doenças e polifarmácia a usarem mais antidepressivos. Quanto às possíveis interações medicamentosas identificadas, as mais frequentes são em relação ao tacrolimo da classe dos imunossupressores, com os antidepressivos tricíclicos, entre eles amitriptilina, e com com os antidepressivos inibidores de recaptação de serotonina como fluoxetina e sertralina. Conclusão: Os achados apontam para um uso de antidepressivos e de registro de diagnóstico de depressão menor que o descrito na literatura, o que aponta uma característica desta população ou possível subdiagnóstico, fato que precisa ser melhor investigado. |
Abstract: | Introduction: Currently, the literature points out that kidney transplantation has greater benefits for the patient when compared to dialysis, which contributes to an improvement in the patient's quality of life, where patients who receive kidney transplantation have a lower rate of depression when compared to patients who receive other types of renal replacement therapies. However, even with the advantages of receiving a kidney donation, evidence points to persistent depression among the transplanted population. Objective: To identify the prevalence of the use of antidepressant drugs in kidney transplant patients in outpatient care at a hospital in Brasília, as well as the possible drug interactions identified and their clinical management.
Methods: It consists of a descriptive cross-sectional study, based on document analysis of medical records of kidney transplant patients treated at the outpatient clinic of a hospital in Brasília, from December 2021 to the end of March 2022. The prevalence of antidepressant use was identified, as well as the description of
depression and other diagnoses that could justify the use of this class of medication. The evaluation of drug interactions between antidepressants and other drugs in use was performed using Micromedex. Only those with moderate, greater and contraindicated significance were selected to present in this work, and were then
analyzed using descriptive statistics. Results: A total of 133 patients were analyzed, 76 of which were male, with a mean age of 49.5 years (SD=14.0). Only 13 were using antidepressants and 16 had a record of depression or another illness that justified the use of this class of medication. It was observed that women used significantly more antidepressants (p=0.009) and that there was a tendency for people with poly diseases and polypharmacy to use more antidepressants. As for the possible drug interactions identified, the most frequent are in relation to tacrolimus of the immunosuppressant class, with tricyclic antidepressants, including amitriptyline, and with serotonin reuptake inhibitor antidepressants such as fluoxetine and sertraline.
Conclusion: The findings point to a lower use of antidepressants and depression diagnosis records than described in the literature, which points to a characteristic of this population or possible underdiagnosis, a fact that needs to be further investigated. |
Informações adicionais: | Trabalho de conclusão de curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, 2022. |
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Aparece na Coleção: | Farmácia - Campus Darcy Ribeiro
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