Avaliação de competências clínicas em simulações de atendimento por telefarmácia

Abstract

Objetivo: objetivo deste trabalho foi analisar o desempenho de profissionais e estudantes de farmácia em teleconsultas para manejo de transtornos autolimitados por meio de avaliação por pares. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quali-quantitativa, realizado em 3 etapas. Foi criado um curso onde farmacêuticos atuantes em farmácia comunitária e alunos da disciplina de estágio em farmácia comunitária simulavam atendimentos farmacêuticos baseado em casos clínicos de transtornos autolimitados e, utilizando uma ferramenta de avaliação estruturada para a Avaliação Por Pares, em sua última versão, no Microsoft Forms, avaliavam o manejo do caso, as indicações terapêuticas e farmacológicas, as orientações e o monitoramento do cuidado. Em posse dos dados, foi realizado o tratamento dos dados realizando analises quantitativas das avaliações das competências. Resultados: Os Resultados demostraram cerca dificuldade dos avaliados em solicitarem exames de sinais vitais, com apenas de 57% avaliações satisfatórias para esta etapa; em contrapartida, aspectos relacionados ao acolhimento do paciente e definição do problema obtiveram as maiores avaliações satisfatórias, 90% e 84,3% respectivamente. Também foi observado que, de forma geral, os profissionais já graduados receberam mais pontuações negativas nos aspectos relacionados a aferição e solicitação de sinais vitais, se comparadas com os manejos realizados pelos alunos. Discussão: Foi observado que as principais competências clínicas, como comunicação e condução de uma anamnese foram demonstradas em níveis satisfatórios; todavia, aspectos também descritos na literatura como monitoramento de saúde e aferição e solicitação de sinais vitais são etapas a se desenvolver. Conclusão: Os resultados demonstraram desempenhos satisfatórios na maioria das etapas no manejo de transtornos autolimitados. Foi demonstrada grande capacidade dos alunos do curso em identificar problemas de saúde. Em contrapartida, dificuldade em realizar manejos de parâmetros clínicos objetivos também foi bastante evidenciado. Conclui-se que é necessário capacitar os novos profissionais farmacêuticos para este mercado ainda muito recente – o da telefarmácia