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Título: Se o grileiro vem, pedra vai : redes de solidariedade e suborno na Fazenda Bonito, território Kalunga
Autor(es): Sousa, Francisco Octávio Bittencourt de
Orientador(es): Chaves, Christine de Alencar
Assunto: Grilagem de terras
Quilombos
Rede de apoio
Kalunga (Comunidade quilombola brasileira)
Data de apresentação: 8-Jul-2022
Data de publicação: 28-Dez-2022
Referência: SOUSA, Francisco Octávio Bittencourt de. Se o grileiro vem, pedra vai : redes de solidariedade e suborno na Fazenda Bonito, território Kalunga. 2022. 167 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Sociais) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumo: Esse é um trabalho sobre o processo de grilagem de terras no território do Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga (SHPCK), no nordeste goiano. A história contada aqui ainda está tendo desdobramentos, tornando necessário retificações futuras. O leitor encontrará nas páginas que seguem uma narrativa que se confunde com o realismo mágico latino, contada a partir das experiências de um jovem universitário branco que reconhece os privilégios trazidos por essa cor de pele. Meu objetivo é olhar para esse processo por um prisma antropológico; narrar com precisão todo o caminho que percorri; descrevendo com minúcia os indícios de grilagem encontrados nos processos analisados, as incursões a campo, as horas de entrevistas etc. Apesar de um recorte espacial pequeno - cerca de 38 mil hectares que compõem a Fazenda Bonito - os fatos aqui registrados refletem a afirmação de que a história brasileira é, na realidade, uma história de luta pela terra. Esse não é um texto neutro. A pesquisa foi ferramenta para garantir que toda a área da Fazenda Bonito seja reconhecida como patrimônio da comunidade Kalunga. Porém, a ausência de neutralidade não foi um problema, dado o reconhecimento da validade das informações aqui contidas por técnicos do Ministério Público Federal. O texto conta com uma apresentação, uma introdução, cinco capítulos, um epílogo e um caderno de anexos. Na introdução está descrita a motivação da pesquisa e os pressupostos iniciais; no primeiro capítulo, o que é grilagem de terras; no segundo, as possibilidades de análise a partir da antropologia; no terceiro, a apresentação do caso estudado; no quarto, as personagens dessa história; no quinto, os desdobramentos e as formas de resistência. O epílogo é dedicado a um momento posterior à escrita da monografia, uma qualificação informal do texto, adiantando críticas e debatendo o antirracismo dentro e fora da academia.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, 2022.
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