Considerações sobre o livre arbítrio em Santo Agostinho

Abstract

O presente trabalho apresenta como o entendimento de Santo Agostinho da natureza divina, permeado por uma explicação metafísica do ser derivada do neoplatonismo aliada a influência da doutrina bíblica, permite a elaboração de uma metafísica própria para explicar também a origem do mal no mundo, isentando Deus de sua responsabilidade, e, finalmente, atribuindo-o ao livre arbítrio da vontade dado ao homem. Mediante a consulta, leitura e exegese de várias obras de Agostinho, juntamente com a leitura de comentadores especializados no seu estudo, analisa-se aqui o desenrolar dos seus argumentos desde sua incursão no maniqueísmo até a sua conclusão de que apenas a vontade, desviando-se do seu curso natural, afasta-se de Deus e origina o mal moral (pecado), não havendo nela necessidade alguma que implique pecado, com exceção do fato de que ela é livre.