E quem diria... as dificuldades são as políticas públicas!

Abstract

Considerando a complexidade da atuação docente no ensino de ciências, este trabalho surgiu da necessidade, percebida durante os estágios supervisionados, de escutar professores/as sobre as dificuldades para ensinar ciências. Para tanto, esta pesquisa teve o objetivo de identificar, em narrativas de professores/as, as dificuldades para ensinar ciências. Desejou-se com essa pesquisa produzir dados atualizados sobre os desafios que esses/as profissionais encontram na atuação docente e gerar informações sistematizadas capazes de nortear as ações por parte de três seguimentos da sociedade: graduandos/as, pesquisadores/as da educação e gestores/as de políticas públicas. Essa pesquisa utilizou a metodologia qualitativa, com delineamento de pesquisa narrativa. Foram entrevistados/as, por meio de entrevista narrativa, 15 professores/as de ciências da educação básica que estavam atuando nas regiões administrativas de Planaltina e Sobradinho, no Distrito Federal. Obteve-se como resultado categorias de dificuldades de 1ª, 2ª, 3ª, e 4ª ordem, com hierarquias dentro delas. A categoria de 1ª ordem refere-se à inadequação, insuficiência ou ausência de políticas públicas que reverbera no/a aluno/a, na escola, na SEEDF, na família e na universidade, que são as categorias de 2ª ordem, de forma a produzir dificuldades para os/as professores de ciências.