Acesso à saúde de mulheres imigrantes, solicitantes de refúgio e refugiadas no Distrito Federal

Abstract

Este trabalho visa analisar e mapear as condições de acesso à saúde pública das mulheres imigrantes, solicitantes de refúgio e refugiadas, no Distrito Federal, entre os meses de março de 2020 a julho de 2022. O estudo é realizado a partir da narrativa de profissionais de saúde que atenderam mulheres imigrantes em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do Distrito Federal. As informações foram coletadas por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com esses profissionais, entre os meses de abril e maio de 2022, na UBS. Os relatos indicam como principais barreiras de acesso à saúde desse grupo social: a falta de informação, a língua, acultura, a dificuldade de compreender o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e a falta de diretrizes, orientações e protocolos voltados às particularidades dos imigrantes. Foram também identificados elementos positivos capazes de atenuar essas barreiras. O estudo conclui que fatores sociais, culturais, relacionais e sistêmicos afetam diretamente o acesso à saúde dessas mulheres, de modo que identificá-los é um caminho inicial para a superação das dificuldades enfrentadas.