A inserção da mulher com deficiência no paraesporte : Terapia Ocupacional e produção científica no Brasil

Abstract

Introdução: Durante a década de 40, houve a proibição da prática de qualquer esporte pelas mulheres e apenas em 1979 foi permitida sua participação. Desta forma, é imprescindível a disseminação de informação sobre essa possível área de atuação do terapeuta ocupacional, o desporto e paradesporto, mesmo que recentemente definida com base na Resolução N°495, de 18 de dezembro de 2017, do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO. Objetivo: Investigar as produções científicas da terapia ocupacional sobre a inserção da mulher com deficiência no paraesporte. Método: Foi realizada uma Revisão Integrativa da literatura. A busca foi realizada nos Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo – USP, Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional (Revisbrato) e no Portal de Teses e Dissertações Periódicos da Capes, considerando as pesquisas realizadas nos anos de 2011 a 2021. Foram excluídos os estudos duplicados, de revisão de literatura (exclusivamente) e os sobre questões clínicas. Resultados/Discussão: Foram identificados 923 títulos de artigos no total, sendo 50 deles selecionados para a leitura dos resumos e 4 artigos foram listados para a leitura na íntegra e incluídos no estudo. 3 dos artigos encontrados eram da Educação Física, 1 da Sociologia, não sendo encontradas produções da terapia ocupacional e os temas principais foram: o papel do treinador no processo de iniciação da mulher com deficiência no paraesporte, a comparação entre realidades de paratletas brasileiras e estrangeiras e as iniciativas e as estratégias implementadas pelo Comitê Paralímpico Internacional para tratar a questão de paridade de gênero. Conclusão: Este estudo mostrou as barreiras existentes que diferenciam a participação entre os gêneros no esporte e trouxe contribuições para que os profissionais que trabalham com o paradesporto tenham conhecimento das ações que estão sendo realizadas ou ainda possam ser feitas, porém, nota-se a escassez de publicações científicas nacionais produzidas por terapeutas ocupacionais que tenham como foco principal a inserção da mulher com deficiência no paraesporte, concluindo que a análise dos fatores que dificultam e facilitam esse processo de iniciação emerge, então, como uma área promissora para a terapia ocupacional e para pesquisas futuras.