Perfil de saúde de crianças e adolescentes com paralisia cerebral atendidas no ambulatório do HUB

Abstract

Introdução: A paralisia cerebral é definida como um conjunto de desordens motoras não progressivas, causadas por danos no encéfalo nos primeiros estágios de desenvolvimento, podendo acometer os membros superiores e inferiores, dependendo da área do cérebro que foi afetada e dos tipos de lesões cerebrais. O tratamento é fundamental para minimizar os impactos no desenvolvimento da criança, contando com o trabalho da equipe multiprofissional, para obter maior ganho funcional. Objetivo: A pesquisa tem como objetivo traçar o perfil das crianças e adolescentes com paralisia cerebral atendidas no Projeto de Pesquisa e Extensão Cuidar de PC que ocorre no Ambulatório 2 do Hospital Universitário de Brasília (HUB), analisando os prontuários para levantamento de informações clínicas dos pacientes atendidos. Materiais e métodos: O estudo trata-se de uma pesquisa quantitativa, com análise estatística dos prontuários dos pacientes de ambos os sexos com paralisia cerebral que foram atendidos no Projeto de Pesquisa e Extensão Cuidar de PC, no período de agosto e setembro de 2021, onde os dados coletados foram tabulados em uma planilha no Excel com o tipo de PC, classificação GMFCS, escolaridade, independência da criança e seu nível social, a fim de verificar de forma mais detalhada o perfil destes pacientes. Resultados: Os resultados evidenciam que dos 18 pacientes avaliados, 66,7% eram do sexo masculino, e 33,3% eram do sexo feminino, a paralisia cerebral predominante foi a do tipo bilateral espástica com 83,3% dos casos, a classificação GMFCS com maior percentual foi do tipo II e IV, 50% dos pais ou cuidadores recebem salário, 72,2% frequentam escola, 61,1% dos pacientes apresentam histórico de prematuridade, a maioria, 38,89% dos pacientes não fazem uso de dispositivo de tecnologia assistiva e 27,8% apresentam MACS tipo I. Conclusão: Frente estes resultados, foi evidenciado que quanto maior a gravidade do comprometimento neuromotor, maior será os fatores que restringem o desempenho funcional de crianças diagnosticadas com paralisia cerebral.