O indivíduo como fonte: o sujeito moderno na teoria social e na literatura de autoajuda.

Abstract

Este trabalho pretendeu elaborar um quadro da formatação do sujeito moderno a partir das reflexões de Marcel Mauss, Charles Taylor e Francisco Rudiger. Percebeu-se que estas discussões concebem a formação de um sujeito específico na modernidade, o qual encarna um modo próprio de ser e estar no mundo. A partir destas análises foram selecionados alguns marcos da concepção de tal tipo de sujeito na teoria social dos autores supracitados, sendo desvelada a percepção de um sujeito moderno atrelado a uma ascensão do individualismo e à primazia da autonomia individual. Finalmente, esta pesquisa buscou exemplificar em um objeto mais específico o que significaria a delimitação de tal sujeito. Destarte, resolveu-se debruçar-se sobre a reflexão de Rudiger sobre o surgimento e manutenção da literatura do gênero de autoajuda. Evidenciou-se como este objeto conversa com certas características culturais e subjetivas descritas por Rudiger, por um lado, e, por outro, se aproxima das descrições feitas pelos outros autores, as quais consistiriam, segundo os autores, em resultado de um processo de elaboração cultural de longa duração.