Estudo de explosões químicas registradas pelas estações infrassônica (IS09) e sísmica (PS07) com a estimativa do rendimento em trinitrotolueno (TNT)

Abstract

O Sistema Internacional de Monitoramento (IMS) faz parte do regime de vigilância de testes nucleares de alcance global que dispõe de quatro tecnologias (Infrassônica, Hidroacústica, Radionuclídeos e Sísmica). O IMS é um dos três pilares da Comissão Preparatória da Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBTO), cujo objetivo principal é criar condições para verificar o cumprimento do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT). Esse Tratado foi estabelecido como uma norma internacional acerca da proibição da realização de qualquer teste nuclear em qualquer ambiente. A tecnologia infrassônica é capaz de detectar sinais de explosões nucleares no ambiente atmosférico, com frequências inferiores a 20 Hz, gerados a milhares de quilômetros da origem, por fontes naturais e/ou artificiais. Existem 60 estações de infrassom da rede IMS e a única estação brasileira com essa tecnologia encontra-se no interior do Parque Nacional de Brasília (PNB). Coordenada e mantida pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (SIS/UnB), entrou em operação rotineira a partir de julho de 2001. Este trabalho consiste na análise de sinais infrassônicos e sísmicos detectados pelas estações infrassônica IS09 e sísmica PS07, respectivamente. Ambos gerados por explosões químicas oriundas de mineradoras/pedreiras. Os parâmetros característicos desses sinais para esse estudo são: amplitude, distância entre a fonte e o receptor, valor da pressão diferencial e a magnitude que, a partir deles, foi estimado o rendimento equivalente em trinitrotolueno (TNT) de um conjunto representativo de explosões, realizadas em diferentes pedreiras, localizadas no DF e regiões vizinhas.