Exercício isométrico e função endotelial : uma investigação dos efeitos crônicos

Abstract

O treinamento isométrico é caracterizado pela realização de força estática, ademais, pode ser uma ferramenta importante em diferentes contextos clínicos de reabilitação. Isto se deve, por exemplo, pela capacidade deste tipo de treinamento de proporcionar efeito analgésico em tendinopatias específicas, reduzir inibição muscular e gerar ganhos de força tanto nos ângulos em que é realizado, como nos demais. Além disso, a limitação do fluxo sanguíneo muscular que contrações isométricas proporcionam está associada a mecanismos de fadiga neuromuscular, o que mostra o potencial deste tipo de treinamento de potencializar ganhos de força e hipertróficos. Contudo, não está claro na literatura como essa limitação do fluxo sanguíneo gerada por níveis mais altos de contrações isométricas sustentadas podem repercutir na função endotelial (determinada principalmente pelo padrão defluxo sanguíneo e seus componentes retrógrado e anterógrado) da vasculatura local. Portanto, o objetivo do presente estudo é propor a investigação dos efeitos crônicos do exercício isométrico em diferentes intensidades na função endotelial. Para isto, foi proposto um protocolo que utiliza a técnica de dilatação-fluxo mediada (FMD) com o intuito de avaliar a função endotelial na vasculatura do membro exercitado antes e após uma intervenção de 8 semanas de treinamento isométrico de extensão de joelho em 2 intensidades diferentes.