Processos socioeducativos : uma análise sobre identidades e perspectivas de adolescentes no Centro de Atendimento Socioeducativo de Internação Provisória (CASEP-Metropolitano)

Abstract

A pesquisa é resultado da análise de atividade executada durante atendimento individual, enquanto parte do trabalho do/a assistente social no Centro de Atendimento Socioeducativo de Internação Provisória – CASEP Metropolitano localizado à Av. Cap. Mor Gouveia, s/n, Cidade da Esperança, Natal/RN. Pretende-se estudar o conceito de identidade no contexto da socioeducação e as novas perspectivas juvenis diante desta nova realidade social. Tem-se como objetivo geral analisar as perspectivas de adolescentes a partir da autorreflexão sobre suas próprias identidades, ante a realidade imposta. E os objetivos específicos: i. reconhecer a arteterapia como instrumento de trabalho com adolescentes no contexto da socioeducação; ii. destacar o conceito identidade diante da realidade imposta ao adolescente em conflito com a lei que aguarda decisão judicial; iii. relacionar as experiências de vida e o pensamento reflexivo de adolescentes diante de uma nova realidade perante o projeto de vida. A metodologia teve por base a pesquisa de campo qualitativa e a investigação dá-se, principalmente, por meio da observação e da escuta qualificada. A coleta de dados falada, viva ou sensorial foi possível na observação dos adolescentes em atendimento técnico individual. A pesquisa documental também foi útil para descrição do fazer profissional do assistente social, além da pesquisa bibliográfica com os principais referenciais teóricos do Serviço Social, educação e trabalhos de intervenção multidisciplinares, além de artigos acadêmicos que compactuam e corroboram com a temática. São dois eixos argumentativos organizados em dois subitens: “Arteterapia como instrumento de atendimento individual do/a assistente social com adolescentes” e “A construção da identidade enquanto dimensão essencial no processo de desenvolvimento de adolescentes”. Conclui-se que desconsiderar e ignorar a história pessoal e o contexto sócio-histórico em que aconteceu o ato infracional de cada adolescente significa reforçar a lógica social repressiva, contrária a promoção, proteção e a defesa dos direitos humanos.