Ciberemancipação : arte educação e Web em análise para a emancipação do aluno

Abstract

“Como é um jarro africano?”, me perguntei olhando para um vaso de plantas de barro pintado como os padrões de pintura corporal indígena brasileira, entregue por um aluno do oitavo ano do ensino fundamental, como sendo o fruto da sua pesquisa sobre jarros africanos para a semana de consciência negra. Este trabalho tem como foco a análise de um recorte de memória advinda da vivência de estágio no ensino fundamental público de Santa Maria/DF. Não para falar sobre jarros africanos, mas para entender os sujeitos da era digital que habitam a sala de aula. Assim como, compreender como as tecnologias afetam os sujeitos e o ensino de Artes Visuais. Para responder a simples pergunta: Por que os habitantes da sala 14 não conseguem achar um jarro africano no ciberespaço? Uma pergunta simples que se desenrola em complexos conceitos e ideias. Indo da cibercultura ao sujeito ciborgue, e da arte para a cultura visual. E, não apenas, investigando o fazer docente de artes dentro da realidade em rede, que é o século XXI. Um estudo baseado na metodologia RE, usando memória e teoria para a construção de análise e conhecimento. Chegando à conclusão que, de fato, as tecnologias estão intimamente atreladas ao humano e sua subjetividade, o transfigurando em um ser transgressor “ciborgueano”, que desestabiliza os processos educacionais e o fazer docente. Implicando o desenvolvimento de uma educação decolonial emancipadora que abrace os novos sujeitos e os saberes da era digital. Sendo as Artes Visuais e a Cultura Visual uma porta para a ciberemancipação.