Cuidados paliativos pediátricos : como a terapia ocupacional pode atuar : uma revisão de escopo

Abstract

Introdução: De acordo com a United Nations International Children’s Emergency Fund (UNICEF), desde 1990, o número de mortes de crianças menores de 15 anos reduziu cerca de 56%, devido ao avanço das intervenções médicas, o diagnóstico precoce e o avanço nos tratamentos. O cuidado paliativo pediátrico deve buscar melhorar ou manter a qualidade de vida da criança, a partir do controle da dor e outros sintomas físicos, apoio às necessidades espirituais e sociais das crianças e dos seus familiares. Objetivo: Descrever o que a literatura aponta como possíveis intervenções e abordagens da Terapia Ocupacional nesse contexto, além de compreender e descrever quais intervenções e abordagens estão sendo realizadas com as crianças e suas famílias nos Cuidados Paliativos Pediátricos. Metodologia: Trata-se de uma revisão de escopo da literatura nacional e internacional, tendo como critérios de inclusão: abordagens com a unidade de cuidados nos cuidados paliativos pediátricos, estudos publicados nos últimos 5 anos, nos idiomas português, inglês e/ou espanhol. A busca foi realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e PubMed, utilizando os descritores “occupational therapy”, “palliative care”, “pediatric”, “kid”, “child care” e “death”, combinados com os operadores booleanos AND e/ou OR. Para o levantamento acerca da atuação da Terapia Ocupacional, foi realizado um levantamento em livros e cartilhas sobre Contextos Hospitalares e Cuidados Paliativo. Resultados e Discussão: Para compor este trabalho, foram selecionados 14 estudos, a partir da leitura na íntegra, os quais foram divididos em três linhas de análise: intervenções e abordagens com as crianças; intervenções e abordagens com a família; intervenções e abordagens com as crianças e suas famílias. Acerca da atuação da Terapia Ocupacional, foram utilizados 5 capítulos de livros sobre o tema. Conclusão: As intervenções do terapeuta ocupacional podem ocorrer no ambiente hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, podendo ser realizadas mediante técnicas de relaxamento; alívio da dor e outros sintomas; reorganização da rotina e ressignificação do cotidiano; estimulação da aderência ao tratamento; ampliação do repertório ocupacional; manutenção e amplificação da qualidade de vida; gerenciamento de fadiga; educação e orientação para os pacientes e cuidadores; intervenções nas atividades básicas e instrumentais de vida diária; inserção e reinserção em atividades significativas, visando à minimização do impacto do adoecimento e da hospitalização no desenvolvimento infantil e na manutenção da qualidade de vida.