| Resumo: | Pesquisa que analisa os meios adotados pelos bibliotecários no combate às fake news, compreendias como notícias distorcidas, que não representam a verdade, e consideradas mais baratas para serem produzidas, pois não requerem confirmação ou qualquer tipo de respaldo, além da atenção midiática que uma pessoa, corporação ou entidade necessita para determinado fim. Adota um referencial teórico que aborda: informação e comunicação na sociedade, enquanto noções de interação social; desinformação, que resulta da intercepção
entre informação errada (misinformation) e desinformação maliciosa (mal-information); fake news, elencando os seus tipos; e meios de produção e de combate, considerando a presença de bots, tanto na disseminação massiva de fake news quanto no apoio a verificação, e ambientes de checagem, incluindo técnicas como fact-checking e iniciativas específicas, sendo a primeira nascida em 2002. Qualifica-se como uma pesquisa de método indutivo, descritiva, bibliográfica e documental, considerando uma amostragem que representa bibliotecas escolares (públicas e privadas) e faculdades localizadas na Ceilândia (Distrito Federal), a partir de dados coletados via questionário semiestruturado e analisados de maneira quanti-qualitativa. Identifica-se que os bibliotecários pesquisados utilizam canais de notícias e Internet para se manterem atualizados, participam de grupos onde notícias falsas são compartilhadas, possuem noção do que significa fake news e que conteúdo enganoso é o tipo mais conhecido, contudo, falso contexto é o tipo que recebeu mais exemplificações, mesmo
sendo assinalado como um dos tipos menos conhecidos. Constata-se, ainda, que a maioria dos pesquisados utiliza, ao menos, um ambiente de checagem entre os elencados na pesquisa, mas não citaram outros, e não possui iniciativas contra fake news nas bibliotecas, ficando por conta própria, enquanto uma atividade individualmente já praticada, orientar os alunos que chequem a informação recebida, preocupando-se com sua fonte. Concluiu-se que os bibliotecários compreendem a essência do significado de fake news, consideram que propagá-las é mais rápido do que compartilhar retratações, a maioria usa ambientes de checagem, defendem que profissionais e alunos devem ser capacitados, explicam que as redes sociais não são fontes seguras e orientam os estudantes sobre a checagem da origem da informação recebida, inclusive reforçando o discurso de que tal postura deve ser ensinada desde o começo da vida escolar. |
