A gestão de resíduos eletrônicos e suas interfaces com a economia e a saúde ambiental

Abstract

Nas últimas décadas, os resíduos eletroeletrônicos sobressaíram como a categoria de resíduo sólido com crescimento mais acelerado, estimulado pelo aumento quase exponencial da sua produção, pelo tempo de vida útil curto, pela obsolescência veloz e pela busca por parte do consumidor de versões mais recentes de eletroeletrônicos. Com o impulso dado pelo movimento ambientalista, convenções multilaterais voltadas à saúde ambiental têm ganhado destaque no mundo e legislações mais duras em países desenvolvidos foram promulgadas, provocando uma causalidade. Regras mais rígidas e altos custos relativos à disposição final desses resíduos incentivaram agentes econômicos a exportar o problema para países em desenvolvimento com carência de leis específicas e seu cumprimento. Devido à enorme quantidade de exportações ilegais, não existem dados exatos sobre o fluxo de resíduos eletrônicos; logo estimativas são elaboradas por pesquisadores acadêmicos para determinar a sua escala aproximada. Foi observado também que os resíduos eletrônicos possuem interações com a saúde ambiental e a economia. A grande maioria desses resíduos contém poluentes danosos ao meio ambiente e, também, componentes com alto potencial econômico de reciclagem. Algumas alternativas sustentáveis para fins de mitigar esse problema foram sugeridas. Por fim, foi constatada a situação da legislação brasileira, que deve ser aperfeiçoada.