Custos evitados do uso do sistema +Bike em Brasília

Abstract

O presente trabalho trata do estudo de impacto urbano ao optar pelo uso do automóvel particular como principal meio de transporte, em comparação aos benefícios promovidos ao escolher usar as bicicletas compartilhadas. O Governo de Brasília – GDF, em parceria com o Grupo SERTELL, desenvolve o programa +BIKE, que é composto por estações inteligentes, distribuídas em diferentes pontos da capital federal. Foram analisados os principais trajetos oferecidos pelo programa + BIKE, durante o mês de agosto de 2017. Para atingir estes objetivos foram comparadas as principais viagens realizadas pelos usuários de bicicletas, com o uso do carro no mesmo trajeto. Sendo necessário o cálculo de três variáveis: o custo de tempo adicional pela escolha da bicicleta, o custo privado e financeiro do combustível ao se optar pelo veículo particular e o custo externo para sequestrar as emissões de CO2, compensando-as pelo plantio de árvores. A análise fundamentou sua argumentação por meio de bibliografias que abordam a evolução da temática ambiental na política mundial e brasileira, somando conceitos do processo decisório em optar pelo uso da bicicleta em termos de benefícios ambientais. Utilizam-se como fonte principal os documentos primários e oficiais encontrados no site da Secretaria de Mobilidade do Governo de Brasília. Os resultados apontaram que para adquirir um modelo de desenvolvimento urbano sustentável em Brasília é necessário que os moradores dessa Região Administrativa abdiquem do uso do automóvel particular, principalmente para pequenos trajetos, optando por transportes sustentáveis.Com essa atitude, a pressão sobre o governo por transportes públicos de qualidade será maior, provocando mudanças na infraestrutura urbana. Além disso, com o enfraquecimento do uso por um modo de transporte que promove uma desvantagem para a sociedade, pode apoiar ações contra o retrocesso nos acordos internacionais do Brasil. A conclusão mostra a importância do uso de bicicletas compartilhadas, em valores quantitativos, ou seja, monetários, para o tripé da sustentabilidade, apoiando medidas em prol de um meio ambiente mais equilibrado pelo Governo de Brasília.