Resumo: | O avanço da tecnologia, no decorrer do tempo, traz consigo modificações nos meios de comunicação (ARAUJO; FASHIN, 2015). As mídias eletrônicas se fixaram bem durante essa evolução visto que jornais e revistas impressos, que eram fontes de informação relevantes e que ainda possuem um poder de influência sobre a sociedade, transferiram espaço para elas. No Brasil, revistas como a Veja da Editora Abril para manter sua circularidade criaram plataformas para acesso digital.A Vejadestaca–se pela alta circulação que, de acordo com a própria Editora Abril, vende em média um milhão de exemplares por semana (SOBREIRO, 2020). A revista apresenta diversas temáticas, tais como política, economia, ciência e tecnologia.Entre as questões científicas, destaca-se a radioatividade devido às grandes polêmicas que o tema envolve sendo um grande potencial para a produção de energia no país, bem como em tratamentos médicos, agricultura e indústria (PATRÍCIO etal., 2012). Além disso, está no centro de vários episódios catastróficos como, por exemplo, a explosão na usina nuclear em Chernobyl, na Ucrânia (SUGUIMOTO; CASTILHO, 2014) e o acidente com Césio–137, em Goiânia/GO (CHAVES, 2017). Levando em conta tal relevância, o estudo é motivado pela minha falta de experiência acerca do tema durante a formação no ensino médio e entendimento de que as pessoas precisam estar cada vez mais cientes sobre os estudos desenvolvidos e como estes impactam a sociedade. A democratização da informação e a importância da radioatividade corroboram para a formação cidadã, e os instrumentos jornalísticos possuem papel fundamental no que diz respeito à transmissão de informações, sendo assim com o intuito de entender, na medidado possível, como a informação científica é transmitida ao público leigo e o que possivelmente inviabiliza uma transmissão clara, o objetivo desta pesquisa é fazer uma avaliação em relação a como vem sendo produzidas as matérias sobre radioatividade, publicadas na plataforma digital da revista popular Veja, nos últimos 5 anos, considerando as funções do jornalismo científico, elencadas por Bueno (1985) e utilizando o método da análise de conteúdo de Bardin (2016). |