Alterações gestacionais influenciam a saúde auditiva do neonato?

Abstract

Introdução: O desenvolvimento auditivo dá-se de forma gradual e complexa, com início ainda na fase intra-uterina. Ademais, a orelha pode ser considerada fundamental para habilidades comunicativas iniciais. Sabe-se, hoje, que os indicadores de risco para deficiência auditiva são fatores fortemente vinculados a alterações auditivas neonatais, entretanto sugere-se que cada unidade de terapia intensiva neonatal determine seus próprios indicadores de risco e desenvolva ações para prevenção da perda auditiva. Diante disto, podem haver outras condições clínicas do neonato e da gestante que estejam correlacionadas a perda auditiva neonatal, a partir das vivências de cada unidade. Objetivo: Este estudo tem como objetivo investigar a relação entre as patologias gestacionais e as possíveis interferências na saúde auditiva do neonato em uma revisão de literatura. Método: Para identificar os estudos foram seguidas as regras do Cochrane Handbook: a formulação da pergunta; a localização e seleção dos estudos e a avaliação dos mesmos. As referências elegíveis deveriam ter relação com a temática a ser estudada e estar disponíveis na íntegra por meio do Portal de Periódicos da CAPES (https://www.periodicos.capes.gov.br/). Resultados: Nota-se que dos onze artigos analisados, apenas quatro referem os indicadores utilizados no estudo. Ademais, dentre os artigos analisados nenhum refere uma associação precisa entre saúde auditiva e patologias gestacionais. Conclusões: A saúde materna está intimamente relacionada a todos os processos vitais do feto, inclusive na formação de sistemas, como o sistema auditivo, e pode, dessa forma, interferir na saúde auditiva do neonato. Entretanto, a literatura aborda as influências das alterações na saúde materna de maneira ampla, não correlacionando diretamente a modificações auditivas no feto.