Resumo: | Introdução: As feridas crônicas de perna afetam pessoas em todo mundo, sendo responsáveis pelo aumento no custo do diagnóstico, tratamento, impactando a qualidade de vida desses indivíduos. As úlceras de perna, principalmente de etiologia venosa, apresentam como característica a recidiva, aumentando o custo de tratamento. Nos últimos anos, tem-se observado o surgimento de novos tratamentos de saúde no mercado, com o objetivo de encontrar alternativas de cura baseada em inovação. Nesse contexto, os agregados
plaquetários apresentam grande potencial terapêutico, com destaque para a Fibrina Leucoplaquetária autóloga (L-PRF). Portanto, a aplicação de FLA em úlceras de perna se torna uma alternativa para reativar a resposta inflamatória fisiológica em feridas crônicas, demonstrando-se menos onerosa, nesse estudo, quando comparada às coberturas convencionais utilizadas no tratamento de lesões. Objetivo: Analisar os custos associados aos insumos utilizados no tratamento das feridas crônicas, usadas no Serviço Ambulatorial de Estomaterapia, a fim de estabelecer uma comparação entre os Grupos Controle e Intervenção. Método: Estudo realizado em duas etapas no período de 2019 (1ª etapa) a 2021 (2ª etapa). Inicialmente, por meio de um ensaio clínico aberto, controlado, randomizado. E, na sequência (2ª etapa) realizou-se um estudo de natureza documental e descritiva com abordagem quantitativa, por meio do levantamento dos custos dos insumos utilizados para as aplicações de FLA, a nova tecnologia, e a do tratamento convencional, portanto, as coberturas já existentes no mercado. O estudo foi desenvolvido no Serviço Ambulatorial de Enfermagem em Estomaterapia (SAEE)/ENF/UNB/Hospital Universitário de Brasília. Participaram 15 pacientes com feridas crônicas vasculares (úlceras venosas e arteriais, e úlceras idiopáticas). Resultados: O custo total do grupo com tratamento convencional foi de R$14.277,24, enquanto que o custo do tratamento com a L-PRF foi de R$9.432,65, a diferença de valores entre os dois grupos foi de R$ 4.844,59. Os resultados de alta por cicatrização em relação aos dois grupos mostraram que apenas três pacientes tratados com a Fibrina Leucoplaquetária Autóloga receberam alta (Grupo Intervenção). Conclusões: A aplicação de L-PRF demonstrou-se como uma alternativa mais vantajosa, considerando o melhor desfecho da cicatrização (43% dos pacientes) e o menor custo estimado quando comparado ao tratamento convencional/tradicional por aplicação de coberturas conhecidas no mercado (cerca de 34% menor). Recomenda-se aprofundamento por meio de novas pesquisas que vise consolidar resultados em maior tempo de acompanhamento. |