Resumo: | O Distrito Federal se destaca na produção de pimentão em cultivo protegido, com produtividade de cerca de 80 ton/ha, bem acima da média nacional, que é de 50 ton/ha. O cultivo é feito nos moldes da agricultura familiar, em pequenas propriedades. No entanto, o pimentão é altamente atacado por artrópodes-praga que causam prejuízos ao longo do cultivo. O manejo dessas pragas é feito geralmente com uso de controle químico, por meio de calendário de aplicação, o que vem causando desequilíbrios no agroecossistema e presença de resíduos nos frutos. As boas práticas agrícolas, com base no manejo integrado de pragas, determina a realização do monitoramento, como forma de estabelecer níveis para embasar a utilização de táticas de controle. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo, avaliar as variações populacionais das pragas (tripes e mosca branca) do pimentão a partir do monitoramento populacional e entender a eficiência dessa prática no cultivo de pimentão, sob ambiente protegido, no Distrito Federal. As amostragens foram feitas semanalmente, monitorando com uma lupa entomológica as armadilhas, folhas, flores e frutos de pimentão. Foram utilizadas armadilhas adesivas (12cm x 12cm) amarelas e azuis, instaladas de forma intercalada e espaçadas entre 2,5m. Analisando os dados do experimento, observou-se no início do experimento a presença de insetostripes e mosca-branca. O monitoramento de pragas demonstrou épocas com nível de controle indicando necessidade de controle em campo para tripes. Para mosca-branca não foi observado nível de controle durante o período do experimento. Concluiu-se que, por meio do monitoramento, é possível desenvolver controle efetivo do nível populacional dos insetos, indicando o momento certo de utilizar defensivos agrícolas e diminuindo significativamente o número de aplicações, importante para o custo benefício da cultura do pimentão e a segurança alimentar. |