Associação da resposta cronotrópica após o exercício com a atividade cardiovagal no repouso em mulheres e homens ativos fisicamente

Abstract

Objetivo: Correlacionar a frequência cardíaca de recuperação (FCR) durante 5 min após teste de esforço máximo (TEmax) com atividade e reatividade parassimpática no repouso em homens e mulheres. Métodos: Foram avaliadas 34 mulheres (22,2±2,4 anos e índice de massa corporal (IMC) 22,6±2,1 kg/m2) e 30 homens (25,2±6,4 anos e IMC 23,6±2,1 kg/m2). No repouso foi realizada a gravação dos intervalos R-R (iRR) e posteriormente a análise do registro curto (5 min) da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) utilizando a Plotagem de Poincaré nas posições supina e ortostática e sua variação relativa após mudança postural ativa. Na sequência, os voluntários realizaram o TEmax em esteira rolante e imediatamente após o teste, iniciou-se a fase de recuperação ativa com o registro da FCR no 1º, 3º e 5º min de recuperação. Para análise estatística, foi utilizado o teste de correlação de Spearmam ao nível de significância de p ≤ 0,05. Resultados: Durante o repouso na posição supina a atividade parassimpática correlacionou positivamente com a FCR absoluta e relativa no 3º e 5 minutos de recuperação (rs = 0.39-0.47; p = 0.01 ≤ 0.01) e na posição ortostática correlacionou-se positivamente do 1º aos 5º minutos de recuperação (rs =0,34 - 0,47; p =0,02 ≤ 0.01) para as mulheres. Não foram observadas correlações entre atividade parassimpática no repouso (supino e ortostático) e a FCR nos homens (P>0.05). Contudo, após a mudança postural verificou-se correlação positiva da reatividade parassimpática com a FCR nos homens no 3º e 5º minutos de enquanto nas mulheres não foi observado correlação (P>0.05). Conclusão: A dinâmica da FCR parece estar associada com o grau de atividade parassimpática no repouso supino e ortostático em mulheres enquanto em homens, a dinâmica da FCR parece associada a reatividade (redução) parassimpática após mudança postural.