Título: | Zero tolerance for whom? : the United Nations and the cases of sexual abuse and exploitation committed by military peacekeepers |
Autor(es): | Araújo, Ana Luísa Vitali de |
Orientador(es): | Galvão, Thiago Gehre |
Assunto: | Exploração sexual Organização das Nações Unidas (ONU) Abuso sexual |
Data de apresentação: | Mai-2022 |
Data de publicação: | 3-Jun-2022 |
Referência: | ARAÚJO, Ana Luísa Vitali de. Zero tolerance for whom?: the United Nations and the cases of sexual abuse and exploitation committed by military peacekeepers. 2022. 49 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Relações Internacionais) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. |
Resumo: | As Nações Unidas têm lidado com casos de Abuso e Exploração Sexual (AES) cometidos pelos seus próprios peacekeepers há décadas. Os escândalos trazem desconforto à comunidade internacional e quebram a confiança das pessoas que a missão deveria proteger. No entanto, mesmo havendo uma Política de Tolerância Zero (PTZ), o problema está longe de ser controlado. Esta pesquisa objetiva compreender as questões em torno do AES cometida pelos capacetes azuis, especificamente por meio de um histórico abrangente da construção das políticas de prevenção da ONU, dos marcos internacionais em torno da imunidade e impunidade dos perpetradores e discutindo a raiz da questão: por que AES é uma prática padrão durante as operações de manutenção da paz? Para tanto, a pesquisa se concentrou em análises de fontes primárias como resoluções, discursos, relatórios, estatutos e tratados referentes ao tema e ao direito internacional em torno dele. Além disso, foi realizada uma extensa revisão bibliográfica incluindo artigos, livros e outras fontes secundárias relevantes que abordaram temas importantes como as conexões entre militarismo e violência sexual. Este artigo argumenta que a PTZ não é suficiente para prevenir casos de AES, porque a ONU não possui a autoridade internacional necessária para processar os perpetradores e porque os mecanismos legais são insuficientes para proteger as vítimas das violações. Além disso, a ONU esconde o problema por trás de dados confusos e enganosos sobre o número de casos, gerandodesinteresseinternacional.Porfim,umdosmaioreserrosencontradosporesta pesquisa é que, em vez de se aprofundar nas causas do problema, como masculinidade militarizada e normas de gênero, a organização prefere soluções rápidas e ineficientes. |
Abstract: | The United Nations has been dealing with cases of Sexual Abuse and Exploitation (SEA) committedbytheirownpeacekeepersforafewdecades.Thescandalsbringdiscomforttothe international community and break the trust of the people the mission was supposed to protect. However, even though there is an established Zero Tolerance Policy (ZTP), the problem isfarfrombeingcontrolled.ThisresearchaimstounderstandtheissuesaroundSEA perpetrated by military blue helmets, specifically by presenting a comprehensive history of the construction of UN's prevention policies, analysing the international frameworks around immunity and impunity of perpetrators, and discussing the root of the matter: why is SEA a practice during peacekeeping operations? In order to achieve this, the research focused on analyses of primary sources such as official resolutions, speeches, reports, statutes and treaties referring to the subject and theinternationallawaroundit.Additionally,anextensive bibliographic review was conducted including articles, books and other relevant secondary sources addressing important topics like the connections between militarism and sexual violence. This paper argues that the ZTP is not enough to accountforthepreventionofSEA cases, not only because the UN lacks the international authority needed to prosecute the perpetrators, but because the current legal mechanisms are insufficient to protect thevictims of human rights violations. Additionally, the international community lacks the will to address it more intensively because the UN hides the problem behind confusing and misleading data regarding the number of cases. Finally, one of the biggest mistakes this research found is that instead of looking deep into the causes of theissuesuchasmilitarised masculinity and gender norms, the organisation prefers quick fixes and inefficient solutions. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. |
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Aparece na Coleção: | Relações Internacionais - Graduação
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