Resumo: | A Indústria da Construção (IC) possui uma cadeia produtiva complexa e está entre os setores mais representativos na composição do Produto Interno Bruto (PIB). Por esse motivo, a análise do desempenho dessa indústria permite obter indícios sobre o desempenho da economia do país como um todo. Na última década, a economia brasileira vivenciou anos de forte recessão econômica, a qual afetou diversos setores da economia, inclusive a Construção Civil. Oscilações na economia e nas taxas de juros, afetam a tomada de decisão quanto à utilização de recursos próprios ou de terceiros, sendo este um fator importante para IC, dada alta necessidade de aportes inicias. Diante disto, esta pesquisa tem como objetivo analisar o desempenho financeiro das empresas da IC listadas na [B]³, segmento de edificações, na última década, a partir da estrutura de capital das mesmas, a fim de verificar qual a estrutura de capital das empresas consideradas eficientes. Para tanto, foi utilizada a análise envoltória de dados (DEA), sendo os inputs indicadores de participação de capital de terceiros (PCT) e da dívida líquida (PDL) e outputs a rentabilidade do ativo (ROA), liquidez seca (LS) e valor patrimonial da ação (VPA), e amostra de 17 (dezessete) empresas, cujos dados foram coletados na base Economática®. Com base no ranking anual a construtora Adolpho Lindenberg S.A. foi a DMU eficiente durante 6 (seis) anos consecutivos, sendo que nos demais anos a primeira posição foi das empresas Direcional Engenharia S.A., RNI Negócios Imobiliários S.A e Construtora Tenda S.A., respectivamente. Os resultados, embora não possam ser generalizados, demonstram relação negativa entre endividamento e financiamento por capital de terceiros, uma vez que as empresas eficientes priorizaram a utilização de capital próprio e, assim, apresentaram menores níveis de endividamento. Esse resultado se sustenta nos preceitos da teoria do pecking order e corrobora com os estudos de Campos (2017), Kudlawicz, Senff e Bach (2015), Silva et. al (2017). |