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dc.contributor.advisorSouza, Herivelto Pereira de-
dc.contributor.authorRégis, Hugo Ramos Xavier-
dc.identifier.citationRÉGIS, Hugo Ramos Xavier. A transgressão tátil do interdito visual: Herder com Bataille. 2021. 85 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado e Licenciatura em Filosofia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2018.pt_BR
dc.descriptionTrabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, 2018.pt_BR
dc.description.abstractTendo em mente a centralidade ocupada pelo olho e pela visão no interior do discurso filosófico ocidental desde o período histórico-cultural conhecido por século das luzes até nossos dias, este trabalho, na tentativa de se contrapor às consequências contemporâneas disto que poderíamos chamar de oculocentrismo ou primado da visão, intenta apreender as convergências e divergências entre Johann Gottfried Herder e Georges Bataille relativas às suas tentativas de propor, a partir da reavaliação do papel do sentido tátil, uma crítica teórico-política deste discurso oculocêntrico. Nossa hipótese de trabalho é de que a leitura de Herder a partir de Bataille e deste a partir daquele, circunscrita neste recorte estético e epistemológico, nos proporciona a oportunidade de avaliar possíveis ganhos teóricos contra este oculocentrismo. Interessado em reavaliar o papel do sentido tátil no interior da filosofia, Herder, se utilizando do conceito alemão Gefühl tanto como sentimento quanto tato, lança o domínio tátil para um registro mais abrangente da economia das forças constituintes da alma e do corpo, permitindo-o, assim, propor um paradigma tátil para o acesso estético e epistemológico daquilo da ordem da empatia, ou seja, de um trânsito de forças anteriores à individuação humana. O resultado disso é a destituição do sentido da visão como paradigma norteador para o acesso do conhecimento e do belo, mostrando, assim, a relação de interdependência e ambivalência existente entre o sentido considerado pela tradição ocidental como o mais nobre, a visão, e aquele considerado como o mais baixo, o tato. De maneira semelhante, a filosofia batailleana, mediante seu baixo materialismo, se põe a questionar uma maneira idealista de conceber a relação entre coisas consideradas altas e baixas, colocando em xeque, assim, a proeminência daquilo considerado elevado e nobre no ser humano, os olhos na parte superior do corpo, por meio da exposição das desprezíveis e grosseiras mediações que sustentam esta cabeça, o pé e seu dedão. Seguindo este projeto, um tanto quanto herderiano, Bataille nos traz sua concepção de erotismo dos corpos como uma atividade humana dispendiosa mediante a qual se tem acesso àquilo que para este ser finito é percebido como sagrado. Isto se dá mediante uma destruição do olho enquanto órgão dos sentidos e da consciência, expondo ao mesmo tempo a matéria informe que segundo o filósofo efetua o toque entre os seres até então descontínuos, a carne. A partir destas considerações, expomos as implicações políticas da estética tátil de Herder ao interpretarmos sua crítica ao imperialismo europeu como a contraposição de uma racionalidade tátil frente às consequências nefastas da racionalidade visual presente no conceito antropológico de raça, tal como encontramos no pensamento de Immanuel Kant. Por fim, à luz desta contraposição de um paradigma tátil frente a um visual efetuada por Herder, propomos apreender o surgimento da pornografia industrial como a utilização da parte heterogênea e tátil da sociedade a serviço da parte homogênea e visual, caracterizando este tipo de pornografia como um fascismo visual. Contra este fascismo, propomos como alternativa a pornografia eminentemente tátil do conto História do olho, de Bataille.pt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subject.keywordVon Herder, Johann Gottfried, 1744-1803pt_BR
dc.subject.keywordBataille, Georges, 1897-1962pt_BR
dc.subject.keywordErotismopt_BR
dc.subject.keywordVisãopt_BR
dc.titleA transgressão tátil do interdito visual : Herder com Bataillept_BR
dc.typeTrabalho de Conclusão de Curso - Graduação - Bacharelado e Licenciaturapt_BR
dc.date.accessioned2022-04-04T10:43:45Z-
dc.date.available2022-04-04T10:43:45Z-
dc.date.submitted2021-05-27-
dc.identifier.urihttps://bdm.unb.br/handle/10483/30331-
dc.language.isoPortuguêspt_BR
dc.rights.licenseA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor que autoriza a Biblioteca Digital da Produção Intelectual Discente da Universidade de Brasília (BDM) a disponibilizar o trabalho de conclusão de curso por meio do sítio bdm.unb.br, com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 International, que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que seja citado o autor e licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação desta.pt_BR
dc.description.abstract1Bearing in mind the centrality occupied by the eye and vision within Western philosophical discourse from the historical-cultural period known as the century of lights to the present day, this monograph, in an attempt to counter the contemporary consequences of what we could call oculocentrism or primacy of vision, tries to apprehend the convergences and divergences between Johann Gottfried Herder and Georges Bataille regarding their attempts to engage, from the reevaluation of the role of the tactile sense, a theoretical and political critique of this oculocentric discourse. Our hypothesis is that Herder's reading of Bataille and Bataille’s reading of Herder, circumscribed in this aesthetic and epistemological cut, offers us an opportunity to evaluate possible theoretical gains against this oculocentrism. Interested in reevaluating the role of tactile sense within philosophy, Herder, using the German concept Gefühl as both feeling and tact, launches the tactile domain for a more useful record of the economy of the constituents of the soul and the body, allowing it, thus, to propose a tactile paradigm for aesthetics and an epistemological access to what is known as empathy, that is, of a transit of forces prior to the human individuation. The result of this is the removal of the sense of vision as a guiding paradigm for access to knowledge and beauty, thus showing the relationship of interdependence and ambivalence between the sense considered by Western tradition as the most noble, vision, and that considered to be the lowest, tact. Similarly, Bataillean philosophy, through its “low materialism”, begins to question an idealistic way of conceiving the relationship between things considered high and low, thus questioning the prominence of what is considered high and noble in human beings, the eyes in the upper part of the body, through the exposure of the despicable and coarse mediations that support this head, foot and toe. Following this project, somewhat Herderian, Bataille brings us his conception of eroticism of bodies as an expensive human activity through which one has access to what for this finite being is perceived as sacred. This happens through the destruction of the eye as an organ of the senses and of the conscience, exposing at the same time the formless matter that according to the philosopher enables the touch between the hitherto discontinuous beings, the flesh. From these considerations, we expose some political implications of Herder's tactile aesthetics when interpreting his criticism of European imperialism as the opposition of a tactile rationality to the harmful consequences of visual rationality present in the anthropological concept of race, as we discovered in the thought of Immanuel Kant. Finally, in the light of this contrast of a tactile paradigm against a visual paradigm, made by Herder, we try to apprehend the emergence of industrial pornography as the use of the heterogeneous and tactile part of society at the service of the homogeneous and visual part, characterizing this type of pornography as visual fascism. Against this fascism, we offer, as an alternative, the eminently tactile pornography present in the short story History of the eye, by Bataille.pt_BR
Aparece na Coleção:Filosofia - Graduação



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