Aplicação prática de treinamento concorrente

Abstract

O treinamento concorrente tem se tornado cada vez mais disseminado tanto entre atletas como pessoas recreacionalmente ativas. A utilização desse método de treinamento implica no desenvolvimento de mais de uma valência física e não apenas uma valência específica. Mas até que ponto o treinamento concorrente é eficaz? O presente trabalho tem como objetivo analisar o comportamento do treinamento concorrente em diferentes populações assim como verificar qual valência, entre força e resistência aeróbica, deve ser realizada primeiramente, na mesma sessão de treinamento ou em sessões diferentes e também verificar se há ou não interferência para diferentes intensidades de treinamento em relação ao VO2max. A metodologia adotada baseia-se em pesquisas feitas no banco de dados PubMed e Biblioteca Virtual da Saúde (Medline) onde foram utilizados artigos de testes clínicos e revisões que avaliaram o efeito do treinamento concorrente em diferentes grupos de pessoas. Os resultados encontrados demonstraram semelhanças no efeito do treinamento concorrente tanto para indivíduos treinados como para não treinados. Indivíduos não treinados mostraram uma maior resposta adaptativa em relação aos indivíduos treinados. O treinamento concorrente promove adaptações conjuntas de força e resistência até um certo ponto de treinamento onde aparece o efeito de interferência. Por fim, o presente trabalho verificou que o treinamento concorrente é muito eficiente no que diz respeito a resposta de adaptação tanto para indivíduos treinados como para sem treinamento, sendo que as maiores adaptações ocorreram em indivíduos não treinados. Em atletas, o treino concorrente pode ser utilizado para desenvolver valências físicas que vão além das valências que seu esporte exige prioritariamente. É necessário maiores estudos para saber qual ordem de treinamento deve ser seguida, assim como a intensidade e o volume a fim de diminuir o efeito de interferência.