Determinações séricas de fósforo inorgânico e o impacto da interferência de imunoglobulinas de origem monoclonal na metodologia colorimétrica

Abstract

Sendo importantíssimo em variadas funções metabólicas vitais ao organismo humano, o fosfato inorgânico configura-se como um mineral necessário para composição dos ossos, oxigenação dos tecidos e composição de moléculas de alta energia como a adenosina trifosfato, o ATP. Sua homeostase é dependente da regulação hormonal do cálcio, sendo estes, mantidos principalmente por fatores regulatórios como o hormônio da paratireoide (PTH) e pelo calcitriol ou vitamina D biologicamente ativa. Uma vez que disfunções do fosfato ocorrem, é possível utilizar a técnica de dosagem de fósforo inorgânico, pelo método colorimétrico baseado na reação entre íons de fosfato e molibdato de amônio. No entanto, tem sido relatado na literatura científica que esta metodologia sofre diferentes interferências. Nesse sentido, a presente revisão de literatura narrativa, teve como objetivo, estudar as interferências causadas por paraproteínas de origem monoclonal associadas a gamopatias monoclonais (GM), visto que, tais interferências são potentes geradoras de pseudohiperfosfatemia, condição na qual, o fosfato sérico está falsamente elevado. A revisão realizada nesta monografia mostrou que paraproteínas podem interferir no método colorimétrico devido a sua interação com o molibdato presente na mistura reacional, ocasionado turbidez da solução, elevando falsamente os níveis séricos de fósforo inorgânico.