Comportamento da madeira de Tauari (Couratari oblongifolia ducke) tratada termicamente e comparada a madeira tratada com um produto de acabamento submetidas à fotodegradação artificial

Abstract

A madeira de tauari (Couratari oblongifolia) é uma espécie alternativa a outras madeiras utilizadas, principalmente na construção civil e na movelaria. Este estudo contribui para o conhecimento da madeira desta espécie visando seu melhor aproveitamento nos diversos segmentos industriais. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a alteração da cor e da rugosidade da madeira de tauari tratadas termicamente e com verniz submetidas à fotodegradação artificial. As amostras do T1 e T2 passaram respectivamente pelo tratamento térmico na estufa e na prensa enquanto as de T4 foram lixadas e depois aplicado verniz marítimo fosco. Todas as amostras passaram pela fotodegradação artificial totalizando 650 horas de exposição. Após cada ciclo, foram obtidos parâmetros colorimétricos e de rugosidade. Na análise colorimétrica, os parâmetros colorimétricos (L*, a*, b*, C e h*) foram mensurados usando o espectrofotômetro Color Eye – XTH- X- e os parâmetros de rugosidade (Ra, Rz e Rq) foram obtidos por meio do equipamento rugosímetro Surftest SJ-401, da marca Mitutoyo. A espécie sofreu variações significativas na sua coloração ao ser tratada termicamente e com a aplicação do verniz, e também quando submetida à fotodegradação, exceto pelo tratamento na estufa que não sofreu variação significativa para o parâmetro L*. Além disso, foi possível observar que todos os tratamentos apresentaram uma maior proteção à fotodegradação, em especial o acabamento com verniz foi o que apresentou menos variação total de cor mostrando assim uma maior proteção da madeira. Contudo o tratamento térmico na estufa se mostrou um bom tratamento, visto que sua variação total de cor causada pela fotodegradação foi a segunda menor, perdendo somente para o verniz, além de manter uma coloração mais próxima à da madeira original. A rugosidade não foi afetada significativamente pelo processo de fotodegradação, contudo observou-se uma variação decorrente do tipo de tratamento aplicado, em que as amostras com tratamento térmico na estufa se mostraram as mais rugosas e as amostras com a aplicação do verniz as menos rugosas.