Título: | Ódio virtual : a violência online contra mulheres parlamentares na América Latina |
Autor(es): | Alexandre, Erika Oliveira de |
Orientador(es): | Sousa, Janara Kalline Leal Lopes de |
Assunto: | Violência contra as mulheres Violência política Mulheres na política América Latina |
Data de apresentação: | 27-Out-2021 |
Data de publicação: | 18-Mar-2022 |
Referência: | ALEXANDRE, Erika Oliveira de. Ódio virtual: a violência online contra mulheres parlamentares na América Latina. 2021. 29 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Comunicação Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2021. |
Resumo: | A América Latina é, fora zonas de guerra, o lugar mais perigoso para as mulheres no mundo,
segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU, 2020). São nessas condições hostis
e sexistas que as mulheres seguem atuando na política, resistindo a um sistema estruturado de
violências que tenta mantê-las afastadas da vida pública, incluindo no meio online. Diante
desse cenário, o presente artigo tem como objetivo central entender e discutir as formas de
violência online que atingem as mulheres em exercício de autoridade pública na América
Latina. Para isto, trabalhou-se os conceitos de violência política de gênero e violência online,
citando autoras como Janara Sousa e Flávia Biroli, e, como instrumentos metodológicos, foi
feita a revisão bibliográfica sobre o tema e a análise de conteúdo quantitativa e qualitativa
dos perfis do Twitter de seis mulheres que atuam ativamente em seus países. São elas:
Manuela D’Ávila e Erika Hilton pelo Brasil, Cristina Kirchner e María Eugenia Vidal pela
Argentina, Adriana Salvatierra e Andrea Barrientos pela Bolívia. Ao todo, foram analisadas
792 respostas diretas e identificadas 65 como violência política de gênero. Como principais
resultados, destaco que igualdade representativa de gênero não significa condições iguais de
participação na política, menos ainda de paridade. Com o objetivo de atingir a honra, a
violência online de gênero busca minar o exercício dos mandatos femininos das mais diversas
formas, adicionando obstáculos perigosos à democracia dos países da região. É necessário o
contínuo esforço de análise e discussão para identificar as formas atuais de opressão que
nascem com os novos meios e assim construir coletivamente democracias com maior
resistência a violência contra grupos vulneráveis. |
Abstract: | Latin America is, besides war zones, the most dangerous place for women in the world,
according to data from the United Nations (UN, 2020). It is in these hostile and sexist
conditions that women continue to act in politics, resisting a structured system of violence
that tries to keep them away from public life, including online media. Given this scenario,
this article aims to understand and discuss the forms of online violence that affect women
exercising public authority in Latin America. For this, the concepts of political gender
violence and online violence were worked on, citing authors such as Janara Sousa and Flávia
Biroli, and, as methodological tools, a bibliographic review on the topic and a quantitative
and qualitative content analysis of the Twitter account profiles of six women who are active
in their countries were carried out. They are: Manuela D’Ávila and Erika Hilton for Brazil,
Cristina Kirchner and María Eugenia Vidal for Argentina, Adriana Salvatierra and Andrea
Barrientos for Bolivia. In all, 792 direct responses were analyzed and 65 identified as
political gender violence. As main results, I highlight that representative gender equality does
not mean equal conditions of participation in politics, even less of parity. In order to achieve
honor, online gender violence seeks to undermine the exercise of female mandates in the
most diverse ways, adding dangerous obstacles to democracy in the countries of the region. A
continuous effort of analysis and discussion is necessary to identify the current forms of
oppression that are born with the new means and thus collectively build democracies with
greater resistance to violence against vulnerable groups. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Departamento de Comunicação Organizacional, habilitação em Comunicação Organizacional, 2021. |
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Aparece na Coleção: | Comunicação - Comunicação Organizacional
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