Título: | Economias Criativas : a cultura participativa como uma via possível |
Autor(es): | Lourenço de Figueiredo, Caio |
Orientador(es): | Calazans, Fabíola Orlando |
Assunto: | Economia criativa Produção cultural Neoliberalismo Criatividade Globalização Participação política |
Data de apresentação: | 3-Nov-2021 |
Data de publicação: | 11-Mar-2022 |
Referência: | LOURENÇO DE FIGUEIREDO, Caio. Economias Criativas: a cultura participativa como uma via possível. 2021. 67 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Comunicação Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2021. |
Resumo: | Dentro do contexto contemporâneo, o capitalismo global e o neoliberalismo se configuram
como dominantes. Vivemos culturalmente em uma época marcada pelo consumismo e pela
expansão da lógica do capital às relações sociais e a todas esferas da vida. Nesse sentido, a
produção de cultura é permeada por tal lógica, que acaba de certa forma, ofuscando o real
valor e potência dos bens e serviços culturais como vetor de mudanças sociais, econômicas e
culturais. Isso se dá pois o modelo capitalista pressupõe atores hegemônicos, caracterizados
por terem um maior acúmulo de capital e por uma liderança cultural-ideológica perante a
outros atores. Dessa maneira, a produção de cultura como um fator de desenvolvimento
social, econômico e político, pode acabar por privilegiar a hegemonia do mundo capitalista,
ao invés dos atores que a produzem e a sociedade civil. A Economia Criativa surge como
uma rede entre Indústrias Criativas, atores criativos, cidades e sociedade civil que, de
alguma maneira, pode proporcionar esse desenvolvimento. Impulsionada por instituições
como a UNESCO, é criado um movimento universalista que junta a cultura ao
desenvolvimento, sendo capaz de emancipar, sobretudo, países caracterizados como
“subdesenvolvidos”. A criatividade é vista como a essência e a matéria prima das Indústrias
Criativas e da Economia Criativa, a qual, teoricamente, faz com que a produção de cultura
seja possível a todos. Todavia, esse discurso é uma das fábulas nas quais Milton Santos
(2000) enxerga como construtoras do mundo capitalista globalizado. Essas mentiras, quando
repetidas diversas vezes, ajudam na manutenção da vigência do capitalismo enquanto
sistema dominador e explorador do trabalho e dos indivíduos. Nesse sentido, a Economia
Criativa, por mais do seu importante caráter como vetor de mudanças políticas e sociais,
acaba por perpetuar discursos e fábulas que favorecem apenas o desenvolvimento de atores
hegemônicos do mundo capitalista. A Cultura Participativa aparece como uma forma de
explorar a real potência acerca da Economia Criativa, a qual a produção de bens e serviços
culturais podem construir novos símbolos, novas identidades, novas formas de se identificar
e atuar, sobretudo politicamente, no mundo contemporâneo. |
Abstract: | Within the contemporary context, global capitalism and neoliberalism are configured as
dominant. We live culturally in an era marked by consumerism and the expansion of the
logic of capital to social relations and all spheres of life. In this sense, the production of
culture is permeated by such a logic, which ends up, in a certain way, obscuring the real
value and power of cultural goods and services as a vector for social, economic, and cultural
changes. This happens because the capitalist model presupposes hegemonic actors,
characterized by a greater accumulation of capital and by a cultural-ideological leadership
over other actors. Thus, the production of culture as a factor in social, economic and
political development may end up favoring the hegemony of the capitalist world, instead of
the actors that produce it and the civil society. The Creative Economy emerges as a network
between Creative Industries, creative actors, cities and civil society that can somehow
provide this development. Driven by institutions such as UNESCO, a universalist movement
is created that brings culture and development together, being able to emancipate, above all,
countries characterized as "underdeveloped". Creativity is seen as the essence and the raw
material of Creative Industries and Creative Economy, which, theoretically, makes the
production of culture possible for everyone. However, this discourse is one of the fables that
Milton Santos (2000) sees as constructing the globalized capitalist world. These lies, when
repeated several times, help maintain the validity of capitalism as a system that dominates
and exploits labor and individuals. In this sense, Creative Economy, despite its important
character as a vector of political and social change, ends up perpetuating discourses and
fables that only favor the development of hegemonic actors of the capitalist world.
Participatory Culture appears as a way to explore the real power about Creative Economy, in
which the production of cultural goods and services can build new symbols, new identities,
new ways of identifying and acting, especially politically, in the contemporary world |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Departamento de Comunicação Organizacional, habilitação em Comunicação Organizacional, 2021. |
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Aparece na Coleção: | Comunicação - Comunicação Organizacional
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