Resumo: | O trabalho tem por proposta a pesquisa do movimento das ecovilas no Estado de
Goiás/GO, com enfoque no Município de Alto Paraíso de Goiás/GO, analisado sobre a óptica
da ciência Geográfica, por intermédio do uso do território disponível para as comunidades e
como se diferenciam dentro da região. Demonstra-se notável que a espacialização desse
movimento consiste em ações cotidianas voltadas à sustentabilidade, mas que possuem suas
dimensões tanto em escala local como em escala global através da Rede Global de Ecovilas.
As comunidades fazem parte dos novos agentes inseridos no campo, após a década 1950, e a
forma como fazem resistência à urbanização, aos seus valores e as suas intenções. A pesquisa
dirige se às comunidades de Ecovilas no Estado de Goiás, e foi aprofundada na comunidade
que situada no Instituto Biorregional do Cerrado e recebe o nome de aldeia Aratikum, que
está localizada em Alto Paraíso do Goiás/GO. O objetivo principal da pesquisa é discutir as
motivações que influenciam as pessoas para residirem nessas comunidades e em específico
discutir a influência da Rede Global de Ecovilas no Brasil, abrangendo sua história no país e
suas limitações e contradições. É apresentado, também, o contexto territorial da delimitação
escolhida no caso o Estado de Goiás/GO, e o Município de Alto Paraíso do Goiás/GO, no qual
sua origem histórica favorece a dinâmica de movimentos de contraculturas. Para analisar as
comunidades foram utilizadas a pesquisa bibliográfica acadêmica e pesquisas em blogs de
personalidades ligadas aos movimentos de Ecovilas no Brasil, base de dados disponíveis por
suas organizações, além de observação dos argumentos apresentados em entrevistas e
documentários. Nota-se que Goiás/GO possui um espaço amplo e fértil para contraculturas,
nesse caso: as ecovilas. O Estado do Goiás/GO, recentemente, passou pelo processo de
urbanização, impulsionado pela criação de Brasília/DF e a expansão da fronteira agrícola. No
Estado do Goiás/GO está localizado no bioma Cerrado, repleto de belezas cênicas e uma
enorme biodiversidade. Assim, mesmo que o Estado tenha quantitativamente menor número
de comunidades reconhecidas, a maior parte de seus integrantes são oriundos de regiões que
possuem maior número de comunidades de ecovilas e que são fortemente industrializadas, no
caso a Região Sudeste. |