Resumo: | Introdução: Vários são os fatores que dificultam a reparação tecidual, dentre esses destacamse as infecções, hipóxia tecidual, persistência do trauma e do tecido necrótico, nessas
condições tem-se as lesões de difícil cicatrização e de longa duração. Essas lesões ocasionam
mudanças na rotina pessoal e familiar e gera desgaste físico, financeiro e emocional. Assim, o
projeto justificou-se pelo fato de buscar mecanismos não-convencionais de curativo, que
promovam melhor resposta de cicatrização em pacientes com lesões cutâneas crônicas de
difícil cicatrização. Metodologia: Trata-se de estudo clínico aberto, controlado, randomizado,
qualitativo em paralelo para determinar o efeito da aplicação tópica da Fibrina
Leucoplaquetária Autóloga (FLA) em lesões crônicas de difícil cicatrização. Resultados: Os
resultados mostraram similaridade entre os grupos controle e FLA no primeiro mês (p > 0,05),
mas o teste Wilcoxon mostrou que, após 3 meses de tratamento, o grupo FLA apresentou
maior quantidade de anexos em comparação ao primeiro mês (p = 0,035), apresentou também
maior quantidade de fibroblastos, fibras colágenas e novos vasos (p = 0,040), (p = 0,031), (p =
0,031), respectivamente. O Teste t pareado evidenciou, após 3 meses, menor quantidade de
microabcesso epitelial no grupo FLA do que no grupo controle (p = 0,010) e menor elevação
da lesão no grupo controle no terceiro mês quando comparado ao primeiro mês (p = 0,048).
Os demais parâmetros nas análises independentes ou pareada não foram afetados (p > 0,05).
Conclusão: A partir da análise histológica das lesões dos dois grupos, é possível observar a
melhora significativa do grupo tratado com a FLA, demonstrando progresso superior em
comparação ao grupo tratado com a terapia convencional em apenas três meses de tratamento.
Apesar disso, se faz necessário refazer esta análise com maior tempo de tratamento para
identificar mais a fundo o possível benefício do tratamento com a FLA e sua correlação com o
processo de reparação e cicatrização de lesões cutâneas crônicas. |