Percepções de estudantes frente à gravidez não planejada na universidade : uma revisão integrativa

Abstract

Introdução: Existem inúmeras pesquisas científicas que abordam aspectos positivos e negativos relacionados à gravidez na adolescência, entretanto, ainda são mínimos os estudos que investigam os desafios enfrentados por estudantes universitárias que engravidam no decorrer da graduação. Diante dessa realidade, interessa-nos saber as percepções das estudantes frente à gravidez não planejada durante a permanência na universidade a partir de estudos publicados nas literaturas científicas disponíveis no meio acadêmico. Objetivo: Identificar as percepções, as dificuldades acadêmicas e a existência de locais de apoio para jovens universitárias grávidas ou puérperas, a partir de estudos publicados em literaturas científicas entre 2009 e 2019. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Integrativa da literatura realizada nas bases de dados eletrônicas Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line (PubMed/MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), a partir dos descritores “Perception”; “Students”; “Pregnancy unplanned”; “Universities”, assim como seus correspondentes em português. Resultados e Discussão: Foram incluídos 7 estudos de abordagem qualitativa, que foram integrados em dois eixos temáticos, são eles: dificuldades enfrentadas por gestantes/mães universitárias e as soluções propostas por essas gestantes/mães que auxiliariam nesse processo. Grande parte das mulheres que se encontravam no processo de gestar ou que já são mães relataram dificuldades quanto a associação de duas vidas, a de se preparar para as mudanças que ocorrem na gestação, sejam elas físicas, mentais e/ou sociais, ou ainda a de conviver com toda a mudança de rotina das que já são mães, com a vida acadêmica, e que faltam aporte para essas mulheres dentro das universidades. Considerações Finais: Apesar do tema ser de total importância para debates da atualidade, os estudos acerca dessa temática são limitados, boa parte dos estudos disponíveis são focados na adolescência, ou não foram publicados em bases científicas. São necessárias novas pesquisas envolvendo outras abordagens e metodologias sobre o tema que possibilitem novos resultados.