Título: | Categorias fundamentais de uma política de turismo gastronômico no Brasil : comer é um ato político? |
Autor(es): | Braga, Melissa Maria Santos |
Orientador(es): | Zaneti, Tainá Bacellar |
Assunto: | Turismo Gastronomia |
Data de apresentação: | 14-Mai-2021 |
Data de publicação: | 20-Out-2021 |
Referência: | BRAGA, Melissa Maria Santos. Categorias fundamentais de uma política de turismo gastronômico no Brasil: comer é um ato político?. 2021. 72 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Turismo)—Universidade de Brasília, Brasília, 2021. |
Resumo: | Ao viajar, o turista precisa valer-se dos serviços de hospitalidade e comensalidade para
viabilizar sua estada, independente da motivação de sua viagem. No turismo gastronômico,
porém, estes serviços transcendem: o momento da alimentação representa uma oportunidade de
contato com o outro, e assim, a gastronomia local torna-se um diferencial representativo da
identidade, da cultura e da história daquele território, indo ao encontro do perfil do turista
contemporâneo. Por isso, cresce o número de destinos ao redor do globo que buscam
desenvolver estratégias para fortalecer a identidade culinária dos seus territórios e promover
projetos em que seu patrimônio gastronômico possa exercer uma influência importante na
tomada de decisão do turista pelo destino. Mas, para cadeias tão complexas funcionarem de
maneira a realmente conservar a natureza e incluir socioeconomicamente as pessoas, e não
apenas apresentarem-se como uma retórica banal são necessárias a estruturação e uma
fundamentação sólida, que proporcione a participação na tomada de decisões de todos os atores-
chave, tanto envolvidos no turismo quanto na gastronomia. A tarefa, portanto, é complexa e
demanda mecanismo de aporte para sustentá-la – a política pública. Mas, quais seriam as
orientações de uma política que busca desenvolver o turismo gastronômico em uma região?
Responder a esse problema necessita entender o processo de criação da política pública e suas
características, mais precisamente sua aplicação setorial no turismo com vistas ao
desenvolvimento do país, ou seja, compreender os processos do turismo gastronômico como
objetivo do Estado para, assim, estabelecer as diretrizes fundamentais que uma política pública
deve considerar para desenvolver o turismo gastronômico brasileiro. Políticas públicas de
turismo gastronômico aspiram a sustentabilidade e devem ser defensoras dos patrimônios
naturais e culturais, legitimando seu valor social, e apoiando a oferta diversificada e legítima, o
que significa dizer que devem conseguir gerir a relação dinâmica entre local e global, dando
autonomia aos sujeitos dos territórios. Devem pensar no turista e na comunidade receptora
igualmente. Devem impulsionar o surgimento de novos atores locais e garantir o poder de
escolha à comunidade. E, por fim, devem difundir de forma potente as soluções já encontradas
e transformá-las em políticas práticas. |
Abstract: | When traveling, tourists need to make use of hospitality and commensality services to make
their stay feasible, regardless of the motivation of their trip. In gastronomic tourism, however,
these services transcend: the moment of food represents an opportunity for contact with the
other, and thus, the local gastronomy becomes a representative differential of the identity,
culture and history of that territory, meeting with the profile of the contemporary tourist. For
this reason, the number of destinations around the globe that seek to develop strategies to
strengthen the culinary identity of their territories and to promote projects in which their
gastronomic heritage can exert an important influence on the tourist decision-making for the
destination grows. However, for such complex chains to function in such a way as to really
conserve nature and include people socioeconomically, and not just present themselves as banal
rhetoric, structuring and a solid foundation are necessary, which allows participation in
decision-making by all stakeholders. key actors, both involved in tourism and gastronomy. The
task, therefore, is complex and requires a contribution mechanism to sustain it - public policy.
But what are the guidelines of a policy that seeks to develop gastronomic tourism in a region?
Responding to this problem needs to understand the process of creating public policy and its
characteristics, more precisely its sectoral application in tourism with a view to the development
of the country, that is, to understand the processes of gastronomic tourism as an objective of the
State to, thus, establish the fundamental guidelines that a public policy must consider in order
to develop Brazilian gastronomic tourism. Public gastronomic tourism policies aspire to
sustainability and must be defenders of natural and cultural heritage, legitimizing their social
value, and supporting the diversified and legitimate offer, which means that they must be able
to manage the dynamic relationship between local and global, giving autonomy to subjects of
the territories. They must think about the tourist and the receiving community alike. They must
encourage the emergence of new local actors and guarantee the community's power of choice.
And, finally, they must disseminate the solutions already found in a powerful way and transform
them into practical policies. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Centro de Excelência em Turismo, 2021. |
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Aparece na Coleção: | Turismo
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