Resumo: | As mudanças no mundo empresarial, impulsionadas principalmente pelos fenômenos da tecnologia e da globalização, têm levado as empresas a repensarem seus modelos de negócios, de forma a se manterem competitivas e continuarem criando valor. Neste contexto, uma forma encontrada pelas empresas para enfrentar e vencer os novos desafios é a cooperação, com a formação de parcerias e alianças estratégicas. Formar alianças vantajosas, que geram valor para as empresas parceiras, no entanto, pressupõe a observação de alguns fatores que podem ser decisivos para o sucesso ou fracasso das parcerias e até das próprias empresas. Poucas são as empresas e empresários que detém conhecimentos sobre esses tipos de arranjos empresariais, e a necessidade e o reconhecimento das vantagens de se firmar parcerias é cada vez maior. Este trabalho reúne boa parte da doutrina que trata do assunto, predominantemente estrangeira e construída pelos autores mais consagrados no campo da administração; e analisa um tipo específico de parceria estratégica, chamado Parceria Varejista. A pesquisa realizada explorou a ocorrência da teoria estudada no mundo prático e, a partir da análise dos dados obtidos, verificou quais fatores são mais ou menos importantes para a criação de valor e geração de vantagem competitiva nas parcerias estratégicas, especialmente nas Parcerias Varejistas. Verificou-se que, ao firmar uma aliança estratégica, as empresas devem ficar especialmente atentas nas escolhas de quem serão os seus parceiros. Uma empresa muito menor, de cultura individualista, ou que não reúna as competências necessárias à operacionalização do negócio provavelmente não fará uma boa parceria. O realismo deve prevalecer sobre o otimismo na formação das parcerias, pois elas podem ser boas alternativas, mas geralmente não são a solução milagrosa tão sonhadas pelas empresas. Para as Parcerias Varejistas ou, mais especificamente, para o produto cartão de crédito ofertado por meio delas, o foco na diferenciação se mostrou mais vantajoso para as empresas que os baixos custos, na medida em que as parcerias que deram mais retorno financeiro foram aquelas que investiram em diferenciais competitivos. |