Resumo: | Este trabalho está dividido em três partes básicas. A primeira delas busca propor uma construção dialogada da ética apontando uma série de procedimentos capazes de assegurar que a vontade coletiva democraticamente organizada seja também um sinônimo para o bem comum. Contudo o diagnóstico é de que parte considerável das condições necessárias para esta construção acontecer não estão dadas. Então enquanto esta construção dialogada da ética por todos não é possível ou é insatisfatória o sujeito da ação tem a possibilidade de se orientar por princípios de universalização fundados na subjetividade e também intersubjetividade em curso, obtendo sentidos e direções possíveis para o agir. No segundo capítulo, intitulado “A questão da Ideologia” tenta-se inicialmente esclarecer o significado dado ao termo no contexto, que é o de ideologia não como instrumento de dominação mas sim como todo e qualquer conjunto de valores. Procura-se então, baseado nos princípios éticos explicitados no capítulo anterior, distinguir dois conjuntos de valores básicos, sendo que um serve à causa da emancipação política e econômica da humanidade e o outro serve à causa da dominação. Procura-se de igual modo explicitar a relação de afinidade estrutural entre a ideologia dominante e o senso comum. Entre as estruturas sociais que reforçam e são reforçadas pela ideologia dominante merecem destaque a divisão hierárquica e alienada do trabalho produzindo e sendo produzida por ações competitivas, pela heterogestão e pela exploração econômica. Este quadro de dominação perfaz a quase totalidade do social desde as micro relações até às macro relações o que nos conduz à problematização do imperialismo, manifesto nas suas diversas formas interdependentes, entre elas, a transferência de indústrias poluentes para o chamado terceiro mundo e pela taxa diferencial de exploração do trabalho. Diante de tal diagnóstico, a reflexão é conduzida para uma solução que articula um nacionalismo de defesa com um internacionalismo positivo. E por último entramos no campo da economia solidária, propriamente dito, propondo como solução para os problemas encontrados a divisão democrática do trabalho socialmente necessário entre todos em condições de trabalhar pelo cooperativismo, pela economia solidária e pela autogestão. O texto é finalizado com uma breve explicação sobre os diversos tipos de cooperativismo em desenvolvimento no Brasil e no mundo e avaliando e apontando perspectivas possíveis para a economia solidária. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT This work is divided into three basic parts. The first propose construction of dialogical ethics pointing to a series of procedures that Ensures that the collective will democratically organized is also a synonym of the common good. However, the diagnosis is that a considerable part of the necessary conditions for this construction are not given. So while this construction of the dialogical ethics by all is not possible or is unsatisfactory the subject of the action has the opportunity to be guided by universal principles based in subjectivity and intersubjectivity in course, getting possible directions for action. In the second chapter, entitled "The Question of Ideology" tries to initialy clarify given the meaning of the term in context, which is not the ideology with an instrument of domination but with an set of values. Basing on ethical principles were explained as in the previous chapter, distinguish two sets of basic values, one that serves the cause of the political and economic emancipation of humanity and the other that serve the cause of domination. Wanted explain the relationship of structural affinity between the dominant ideology and common sense. Among the social structures that reinforce and are reinforced by the dominant ideology worth mentioning the hierarchical and alienated division of labor that is produced and produces competitive actions, straigt-management and economic exploitation. This framework of domination permeates almost all of the social relations from the micro to the macro relations which leads to the questioning of imperialism, manifested in its various forms interdependent, including the transfer of polluting industries to the so-called third world and the differential rate of the exploitation of labor. Faced with such a diagnosis, the reflection is conducted to the solution that combines the defensive nationalism with an internationalism positive. Finally we enter the field of solidarity economy proposing a solution to the problems encountered in the democratic division of labor among all able to Work. Having as with referencials the cooperatives and the self-management. The text ends with a brief explanation of the various types of cooperative development in Brazil and the world and evaluating possible perspectives for to the solidarity economy. |