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Título: Biochar de lodo de esgoto como fonte de fósforo para o milho : uma abordagem inicial
Autor(es): Keherwald, Gabriel Urias
Orientador(es): Figueiredo, Cícero Célio de
Assunto: Milho - cultivo
Lodo residual como fertilizante
Solos - teor de fósforo
Data de apresentação: Mai-2021
Data de publicação: 10-Set-2021
Referência: KEHERWALD, Gabriel Urias. Biochar de lodo de esgoto como fonte de fósforo para o milho: uma abordagem inicial. 2021. 44 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Agronomia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Resumo: O aumento da população é normalmente acompanhado por crescente produção de lodo de esgoto (LE). O LE é um produto de difícil gestão devido à presença de contaminantes orgânicos e inorgânicos, além da necessidade de transporte do grande volume de lodo produzido nas estações de tratamento. Uma alternativa para viabilizar o uso desse resíduo na agricultura é a produção do biochar (BC), produto obtido a partir da pirólise do LE. Comparado a outros resíduos orgânicos, o biochar de LE é rico em nutrientes, destacadamente fósforo (P), que é um nutriente-chave para a agricultura em solos ácidos localizados em latitudes intertropicais. Apesar do potencial, ainda há dúvidas sobre o papel do biochar de LE como um fertilizante fosfatado. O objetivo deste trabalho foi avaliar o papel do biochar de LE, obtido em diferentes temperaturas de pirólise, como fonte de fósforo para o milho. Foram avaliados quatro tratamentos: 1) controle, sem aplicação de biochar ou fertilizante mineral; 2) NPK, aplicação de fertilizante mineral NPK; 3) aplicação de biochar produzido a 300 °C como fonte de fósforo (BC300+NK); 4) aplicação de biochar produzido a 500 °C como fonte de fósforo (BC500+NK). Foram avaliados o fósforo disponível no solo após a colheita do milho, teor e conteúdo de fósforo na planta, matéria seca e produtividade de grãos de milho. Constatou-se que o BC300+NK apresentou maior teor de fósforo disponível no solo do que o controle e o NPK. O BC500+NK proporcionou o maior teor e a maior quantidade absorvida de fósforo na planta. Os biochars proporcionaram matéria seca de milho semelhantes ao NPK. Os diferentes fertilizantes foram superiores ao tratamento controle na produção de matéria seca da parte aérea do milho. Os biochars também promoveram produtividades do milho semelhantes ao NPK e apenas o BC300 não se diferiu do controle. Portanto, o biochar de LE, independente da temperatura de pirólise, foi capaz de substituir o fertilizante mineral para o fornecimento de fósforo para o milho, mantendo a produtividade de grãos e matéria seca semelhantes ao NPK, além de apresentar maiores teores disponíveis de fósforo no solo do que a fertilização mineral. Conclui-se, portanto, que o biochar de LE pode ser utilizado como fertilizante fosfatado para o milho.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Curso de Agronomia, 2021.
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