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Título: Feminismo digital : análise do movimento #metoo no Brasil
Autor(es): Veloso, Isabella Coelho
Orientador(es): Belisário, Katia Maria
Assunto: Violência contra as mulheres
Assédio sexual
Ciberfeminismo
Feminismo
Movimento feminista
Mulheres - direitos
Mulheres - representações
Mulheres - violência
Data de apresentação: 29-Nov-2019
Data de publicação: 24-Ago-2021
Referência: VELOSO, Isabella Coelho. Feminismo digital: análise do movimento #metoo no Brasil. 2019. 74 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Comunicação Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: O presente estudo objetiva analisar se e como as brasileiras participaram do movimento Me Too na rede social Twitter. As perguntas de pesquisa que guiam o trabalho são: as brasileiras denunciaram casos de assédio sexual na hashtag #metoo? Qual foi o período de maior frequência? E quais os temas mais abordados? Utilizou-se como procedimento metodológico a análise de conteúdo, com base em Bardin, (1977) das postagens brasileiras da hashtags #metoo, #eutambem e #eutambém, no período entre 15 de outubro de 2017 e 30 de abril de 2019. Ao todo, analisou-se 107 tuítes nos dias de maior pico no Brasil. Em seguida, dividiu-se a análise por categorias (local, autor, sentimentos e redes de apoio). O aporte teórico baseou-se nos conceitos de internet, redes sociais, especificamente o Twitter, teorias feministas, comunicação digital e ciberativismo. Os resultados encontrados mostram que a mulher ainda é relegada ao espaço doméstico, havendo dificuldade em conquistar o espaço público (rua). Apesar disso, o autor da violência é sobretudo o namorado (companheiro, parceiro, marido) que se sente no direito ao acesso ilimitado ao corpo da mulher. Observou-se ainda a naturalização da violência (assédio, estupro, doméstico). Isso se deve à superioridade masculina em um contexto em que o homem pode tudo e a mulher deve ser subjugada. Neste contexto, o ciberfeminismo mostra-se como uma importante forma de denunciar assédios e outras violências, além de permitir à mulher o compartilhamento de suas histórias com outras vítimas, formando, assim, uma rede de apoio e acolhimento.
Abstract: The present study aims to analyze if and how Brazilian women participated in the Me Too movement on the social network Twitter. The research questions that guide the work are: did Brazilian women report cases of sexual harassment in the hashtag #metoo? What was the most frequent period? And what are the most discussed topics? The methodological procedure was the content analysis, based on Bardin, (1977) of the Brazilian posts of the hashtags #metoo, #eutambem and #eutambém also, between October 15, 2017 and April 30, 2019. In all, 107 tweets were analyzed on the peak days in Brazil. Then, the analysis was divided by categories (location, author, feelings and support networks). The theoretical support was based on the concepts of internet, social networks, specifically Twitter, feminist theories, digital communication and cyberactivism. The results shows that women are still relegated to the domestic space, having difficulty conquering the public space (street). Nevertheless, the perpetrator of the violence is mainly the boyfriend (partner, husband) who feels entitled to unlimited access to the woman's body. There was also a naturalization of violence (harassment, rape, domestic). This is due to male superiority in a context where man can do everything and woman must be subdued. In this context, cyberfeminism is an important way to report harassment and other violence, as well as allowing women to share their stories with other victims, thus forming a support and host network.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Departamento de Jornalismo, 2019.
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